Nem deu para o susto. Portugal até entrou a perder, mas, como se esperava, goleou o Liechtenstein no encerramento de mais uma campanha de apuramento de sucesso. Terminou 1-7, poderia ter sido ainda mais pesado. Ninguém iria surpreender-se se assim fosse, tamanha é a diferença entre as equipas.

Por isso é que o golo madrugador do Liechtenstein nada mais foi do que uma nota paralela num guião cliché por demais. Ganhou o mais forte como quase sempre.

Salanovic, é certo, deu uma pequena alegria ao seu país. Não era para menos: ao décimo jogo da campanha, era o primeiro golo marcado pelo Liechtenstein. E logo contra o líder incontestável do grupo, já com o apuramento arrumado há várias semanas.

Portugal, contudo, não tremeu. Demorou poucos minutos a fazer o que se esperava desde início, isto é, mandar no jogo. Mesmo que o empate só tenha surgido para lá da vintena. Foi Bruno Fernandes a abrir o frasco. E o leque. Depois foi gerir e marcar.

Se Majer foi mal batido no primeiro golo português, deixando que a bola rematada pelo médio da Sampdória batesse à sua frente e passasse para a baliza, nada podia fazer, três minutos depois, quando Podence fez o 2-1. O lateral improvisado Ricardo Horta, uma novidade no onze de Rui Jorge, desceu à área e fez um centro/remate que, saindo prensado, resultou numa assistência perfeita para o avançado que o Sporting cedeu ao Moreirense.

E estes dois golos em três minutos acabaram com a já de si frágil moral dos homens da casa. Seria Portugal até ao fim. E foi.

Antes do intervalo, mais dois golos. Também naquela casa entre os 20 e os 30 minutos onde couberam todos os golos lusos do primeiro tempo. Marcaram Gonçalo Guedes, primeiro, e João Carvalho, depois. Um golaço, o de Guedes, num míssil de fora da área.

O segundo tempo começou com o avançado do Benfica a bisar, pouco após o reatamento, e teve a mesma onda da primeira parte: Portugal em cima do rival e o guarda-redes Majer a parar o que conseguia.

Foi já com Diogo Jota e Pedro Rodrigues em campo, nos lugares de Gonçalo Guedes e Daniel Podence, que chegou o sexto. Outro belo golo, agora de Ruben Neves. O médio do FC Porto encheu o pé de fora da área.

O sétimo teve dedo de treinador. Com o resultado feito, Rui Jorge testou Ruben Semedo a ponta de lança. Uma solução de emergência que pode dar jeito no futuro. O central leonino respondeu bem e emendou de cabeça um centro de Pedro Empis que rendera Ricardo Horta pouco antes.

O Liechtenstein agonizava à espera do apito final que não tardou. Segue invicto Portugal que, neste escalão, não perde desde 2011. Agora é esperar até dezembro, altura em que conhecerá o resultado do sorteio do Europeu da Polónia, no próximo ano. E tentar conquistar o que escapou por tão pouco no ano passado.