Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na flash interview da RTP3, após a derrota por 1-0 contra Espanha, na última jornada do grupo 2 da Liga A da Liga das Nações:

«A equipa esteve bem organizada na primeira parte. Chamei a atenção dos jogadores. Estávamos a sair bem apesar de a Espanha ter mais posse. Mas faltava mais circulação de bola para desmontar a Espanha e alguma agressividade na pressão para recuperarmos mais rápido. Na primeira parte criámos algumas oportunidades enquanto Espanha não criou nenhuma. 

Entrámos muito bem na segunda parte. Nos primeiros 15 minutos da segunda parte, a equipa esteve mais subida, pressionou mais e mais alto e criámos duas ou três situações de golo. A partir daí deixámos de ter bola, a equipa baixou linhas, deixou de pressionar e teve dificuldades. O Jota pediu para sair. Agora não interessa nada, mas essa não era a substituição que ia fazer. Ia colocar o Jota numa posição diferente para que a equipa pudesse subir e ter mais posse. Meti o Vitinha e o João Mário para termos mais posse de bola e para jogarmos. Não conseguimos e começámos a recuar. Ainda assim, tivemos duas grandes oportunidades, mas não marcámos. 

A equipa estava a reagir muito bem nos primeiros 15 minutos da segunda parte. Depois alguns jogadores acusaram algum cansaço e tiveram menos influência do que é normal. Era preciso refrescar a equipa e tentámos fazer isso. O João Mário entrou para dar equilíbrio, ter bola e circular de outra forma. A entrada do Leão e do Vitinha também foi para isso. Quando ia fazer mais duas substituições, uma para dar força ao meio-campo e outra para termos mais velocidade, sofremos golo. 

Temos de manter o mesmo padrão de jogo independentemente do adversário. Conseguimos fazer isso durante algum tempo. Circulámos, pressionámos e criámos oportunidades. Na segunda parte estivemos ainda mais subidos no campo. Depois perdemos capacidade de ter bola. Ganhávamos a bola e não conseguimos ligar o jogo. Espanha começou a empurrar, a empurrar e sem ter uma verdadeira oportunidade, marcou.»