O selecionador nacional na conferência de imprensa após o Portugal-EUA, de preparação para o Mundial 2018 e que terminou 1-1:

«Dores de cabeça negativas? O desempenho não foi tão bom como com a Arábia Saudita. Percebo que façam essa análise, mas tirar logo conclusões a dizer que o selecionador vai ter grandes dores de cabeça, que há 50 jogadores e, de repente, Portugal tem um jogo que não é totalmente conseguido, que teve coisas boas e outras não tão boas, não fez um grande jogo, e agora ficamos logo com a sensação de que meia dúzia de jogadores já ficaram de fora. As coisas não funcionam assim, obviamente.

Temos de ver o jogo, que tipo de adversário tivemos, a dinâmica que colocou, as alterações que foram feitas, com três jogadores móveis na frente procurámos ver coisas um pouco diferentes e quando não há tempo de treino em seleção temos de saber dar esse desconto, entre aspas.

Na primeira nunca nos libertámos da velocidade do adversário, da agressividade defensiva, souberam encurtar espaços e aí não conseguimos ter bola. Poucos segundos de posse de bola, depois perdíamos. Não variámos o jogo, porque devíamos ter jogado pelas laterais para obrigar o adversário a bascular. Sempre que o fizemos libertámo-nos dessa teia. Quando caímos no erro de jogar mais curto no meio-campo perdemos a bola sistematicamente. Isso criou-nos dificuldades. Em termos ofensivos, num ou outro momento criámos algumas situações. Não tantas como queria, mas tivemos, num roubo de bola do Danilo e noutras também. a equipa melhorou nesses aspetos na segunda parte, teve mais posse, não se deixou dominar pela teia dos EUA. O jogo ficou mais para o nosso lado. Não foi um excelente jogo, mas não podemos tirar a ilação de que uns estão e outros não [fora do Mundial].»