Declarações do selecionador nacional de Portugal, Fernando Santos, à RTP3, após a vitória por 3-1 no Luxemburgo, na qualificação para o Mundial 2022:

«Ansiedade não tem a ver com andarmos a passo. Andámos 30 minutos para o lado e para trás, nada de intensidade do jogo, nem em termos ofensivos e defensivos, não metemos velocidade de jogo, metemos a partir dos 25 minutos. De resto, uma equipa amorfa, sem intensidade. A qualidade técnica não chega. Temos de equilibrar na intensidade do jogo, dinâmica, ganhar divididas, apertar o adversário e quando fazemos isso, a qualidade técnica vai marcar a diferença, porque a equipa tem qualidade técnica.»

«Acabaram por fazer um golo e acordámos, reagimos, fomos para cima. Ao intervalo disse aos jogadores, que a única coisa que tínhamos de mudar era essencialmente a atitude. Quando se diz atitude não é dizer que os jogadores não quiseram. Não é isso. É a paixão, essencialmente ao nível da paixão e intensidade. A equipa do Luxemburgo já pareceu diferente da primeira parte e depois podíamos ter conseguido um resultado mais volumoso. Podíamos ter feito mais golos.»

[Porque é que a paixão e intensidade não é constante:] «Se eu conseguisse resolver o problema, obviamente não tinha acontecido. Vou ter de conseguir. Agora, não é fácil jogar de 72 em 72 horas. Não tenho treino para o poder fazer. Fiz cinco palestras, a dada altura é palestra a mais e não é só por palestras que as coisas funcionam. De qualquer maneira, os jogadores estão de parabéns pelo que fizeram em 60 minutos.»

[Pedro Neto:] «Procurou profundidade, foi à procura da bola. Nas ações defensivas participou sempre. O João Félix teve sempre mais dificuldade. O Félix tem a sua forma de jogar, não é um jogador de combate, mas é um jogador com qualidade técnica.»

[Ronaldo:] «Agora ele vai sossegar e descansar e vamos pensar no Euro depois.»