Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na flash interview da RTP3, após a vitória por 2-0 frente à República Checa, numa partida da terceira jornada do grupo 2 da Liga A da Liga das Nações:

«É sempre importante não sofrer. Então quando se marca e não se sofre, ainda mais. O resultado é mais do que justo. Acho que nos primeiros vinte minutos controlámos o jogo com boa saída e com posse, mas pouco produtiva. Circulámos muito por trás e com pouca profundidade. Mas controlámos o jogo e não permitimos saídas de contra-ataque à República Checa.

A partir dos vinte minutos, começámos a circular bem, com outra profundidade, a querer chegar à área e com desmarcações rotura. Isso foi muito bem conseguido. Fizemos dois golos, mas poderíamos ter feito mais dois. Antes de isso, estávamos a controlar o jogo, mas faltava dinâmica de ataque à baliza. Depois fizemos dois golos com toda a naturalidade.

Na segunda parte o jogo baixou de ritmo. Houve controlo de Portugal, mas sem atacar a profundidade para obrigar o adversário a recuar. Por isso, houve pouco espaço e tornou-se difícil combinar jogadas. Poderíamos ter concretizado duas ou três ocasiões. Notou-se algum cansaço, alguns jogadores não conseguiram pressionar tanto e permitiram que a Rep. Checa jogasse e tivesse mais bola. Acho que foi fruto do cansaço. 

Suíça? Vamos ver. Na realidade, começa a haver algum cansaço. É natural. Nota-se mais em alguns jogadores do que outros. O Bernardo estava a ficar com as pilhas gastas. Ele é muito influente, mas quando perde gás, tem mais dificuldade. Mas não foi só ele. Alguns jogadores perderam gás, sobretudo os que têm de atacar a profundidade.

[Portugal mais favorito?]: «Estamos em primeiro. É sempre ótimo. Estamos em excelentes condições, mas os adversários também querem ganhar. Jogo 110 pode ser na final do Mundial? Não faço contas dessas. Já disse isso uma vez.»