A Seleção Nacional despediu-se de Portugal com toda a gente em forma e Ricardo Quaresma a dar nas vistas no treino, numa altura em que a França enfrenta várias dúvidas antes do confronto de sábado. Dia em que haverá, de resto, assuntos realmente importantes no que diz respeito à corrida ao Euro 2016: dois jogos do grupo de Portugal, o Albânia-Dinamarca e o Arménia-Sérvia.

O dia 4 do estágio da seleção foi menos revelador do que os anteriores. Depois de duas conferências de imprensa a esclarecer assuntos pendentes, Danny foi contra a corrente. Ao contrário de Tiago e Ricardo Carvalho, o jogador do Zenit quis ficar em silêncio sobre os motivos que levaram à sua ausência de um ano da Seleção Nacional.

«Não tenho nada a esclarecer, sempre estive disponível. Agora estou cá, com muita vontade de ajudar a seleção a cumprir os objetivos. A verdade é que às vezes no futebol, podemos estar fisicamente mal aqui ou no clube, mas treino todos os dias para ser convocado para a seleção», disse.

Também na sala de imprensa, André Gomes saudou o regresso de Tiago, garantindo que não o preocupa a concorrência. E desvalorizou o castigo de Fernando Santos, que impedirá o selecionador, salvo decisão em contrário, de estar no banco nas partidas de qualificação.

A jornada terminou com o treino. Pouco depois, a seleção sub-21 entrava em campo na Holanda e mostrava caminho: vitória clara por 2-0 a meio do play-off de acesso ao Europeu.

Em França, Didier Deschamps tem que gerir opções. Nesta quinta-feira perdeu Laurent Koscielny, dispensado por lesão, e chamou em alternativa Yanga-Mbiwa, da Roma.

Além disso, Karim Benzema apresentou queixas na coxa direita e não treinou. Trata-se aparentemente de gestão de esforço para o avançado do Real Madrid. Mais complicada a situação do guarda-redes Lloris, que não treina com o grupo desde terça-feira, com um problema no adutor.

Se não jogar entra em campo Mandanda. A Federação francesa divulgou aliás um vídeo do treino específico desta manhã do guardião do Marselha.



De França vêm ainda as declarações de Deschamps, à espera de uma seleção portuguesa que procura «recuperar o prestígio», e que define assim: «Portugal tem bons jogadores e um grande jogador.»

Também falou Gignac, avançado do Marselha de volta aos Bleus ano e meio depois, sem meias medidas na avaliação do confronto: «A França está acima de Portugal.»

Quando Portugal entrar em campo no Stade de France estará também a começar o Albânia-Dinamarca. Frente a frente as duas equipas vencedoras da primeira jornada e, ainda que as probabilidades sejam contra outra surpresa como a que a Albânia protagonizou em Aveiro, pelo menos os dinamarqueses já estão avisados do que pode acontecer. E no histórico de confrontos entre as duas seleções há uma vitória da Albânia. Tem 50 anos, mas já aconteceu.

Pelas 17h entra em campo a Sérvia, na sua estreia no Grupo I.  Uma visita à Arménia onde a equipa orientada por Dick Advocaat apresenta uma novidade, a presença do jovem guarda-redes Predrag Rajković, de apenas 19 anos.

Depois da Albânia, segue-se Portugal para a Dinamarca. Terça-feira, pelas 19h45, ainda com bilhetes à venda, anunciou nesta quinta-feira a seleção dinamarquesa. Que deixou, formalmente, de contar com Dennis Rommedahl. O extremo, de 36 anos e há muito parado por lesão, disse adeus à seleção, abdicando de tentar bater o recorde de internacionalizações de Peter Schmeichel. Ficou a três jogos.