Fernando Santos deixa claro que «Portugal não é uma equipa de receios e o treinador muito menos», mas tem «respeito por todos os adversários, independentemente do nome». E quando o opositor é a Bélgica, o selecionador nacional não poupa nos elogios.

«Temos respeito por todas as equipas e foi assim que conseguimos os resultados que conseguimos. A Bélgica apresenta um figurino diferente, ainda que Marrocos também tenha iniciado o jogo de ontem com três centrais. Mas é um desafio diferente. Sabemos das qualidades da Bélgica, que tem um conjunto fantástico de jogadores. Deixaram jogadores de fora que jogam ao mais alto nível. É uma equipa muito forte em termos ofensivos. O treinador optou por este figurino para dar mais consistência à equipa. Vamos defrontar um adversário poderosíssimo e é um excelente teste, à semelhança do que aconteceu antes do Euro, em Londres», afirmou o selecionador.

Fernando Santos não deu qualquer pista relativamente ao «onze» a apresentar neste segundo ensaio, mas revelou que «a equipa ficou definida nos dois treinos anteriores». «Isto obedece a um plano traçado, com exceção de uma ou outra lesão. O que nos interessa é que os jogadores possam chegar todos bem ao Mundial, em vários aspetos», explicou.

Questionado se ia voltar ao 4x4x2, depois de ter testado o 4x3x3 com a Tunísia, o técnico respondeu que «o que define a estratégia é o modelo de jogo da Seleção».

«Não vamos definir uma estratégia em função do adversário ou do que aconteceu neste jogo ou no outro. Temos uma estratégia que nos levou ao título europeu. Não podemos esquecer isso. Não podemos, por um lado, falar em estatuto e obrigação por sermos campeões, e depois transformar em não campeões da Europa. Temos de encontrar este equilíbrio, saber como lá chegámos, e saber que chegámos, com grande mérito. E será com essa base de trabalho dos 29 jogos oficiais que será o padrão da equipa nacional», sustentou.

O jogo com a Tunísia revelou alguma fragilidade defensiva da equipa das quinas, mas Fernando Santos não faz distinções relativamente aos aspetos a melhorar: «Não existe só a questão defensiva ou ofensiva. O que importa é que a equipa esteja bem em todos os planos. Temos de melhorar no plano ofensivo, nas transições e também no plano defensivo. A ideia é que a equipa esteja cada vez mais solida.»

artigo atualizado: hora original 13h47