O selecionador nacional, Fernando Santos, em declarações após o empate com a Itália, na Liga das Nações, que qualifica Portugal para a Final Four da prova:

«Estou satisfeito, estar presente na fase final desta competição é sempre importante. É justo, num jogo muito sofrido. Muito mais sofrido do que eu esperava. Uma primeira parte muito difícil da nossa parte, muita dificuldade em adaptarmo-nos, principalmente, nas ações defensivas. Defender bem não é ter muita gente atrás, é manietar o adversário e não permitir que jogue. Quando não se faz isso tem-se dificuldade em jogar também. Estamos mal posicionados defensivamente e quando ganhamos a bola não conseguimos jogar.»

«A Itália teve mérito. Já o tinha feito com a Polónia, conhecíamos os movimentos, sabíamos que se os deixássemos jogar iam levar o jogo até à nossa área e fazia com que toda equipa italiana subisse em bloco e depois era muito difícil sair dessas zonas de terreno em condições de jogar. Não conseguimos contrariar a capacidade de Itália no primeiro tempo. Mérito da Itália e culpa nossa nalguns aspetos. O Verratti baixava no terreno de jogo e transformava o jogo num elo, com Verratti e Johginho lado a e outro médio a entrar em profundidade. Quase faziam um quadrado, com o Insigne a vir da esquerda para dentro e aí ficavam com dois jogadores a meio-campo e dois à frente, para além do ponta de lança e depois sempre aberto o Chiesa.»

«O Cancelo teve muita dificuldade em fechar o jogo interior, obrigou o Rúben Neves a baixar muito perto dos centrais e ficámos a jogar dois contra três no meio-campo e isso criou-nos sempre muitos problemas. Depois não conseguimos ter bola. Quando a tivemos e conseguimos sair, criámos uma ou outra jogada. Mas foi uma primeira parte muito sofrida para nós. Ao intervalo, com o quadro era mais fácil tentar explicar. Acho que os jogadores entenderam e melhorámos bastante. O Bernardo estava quase a jogar como lateral-direito e isso não dá jeito nenhum, porque ele é um criativo. A troca entre o Bernardo Silva e o Pizzi e passar o Bernardo para oito para ele ter possibilidade de ter mais bola, as coisas melhoraram. Os primeiros 15 minutos não foram de Portugal, mas foram sem sufoco. A partir daí, foi em crescendo, a equipa italiana deixou de ter bola, teve de correr atrás dela e o jogo ficou equilibrado. A Itália fez um grandíssimo jogo.»