A seleção portuguesa chega à ponta final do apuramento para o Europeu 2020 com a necessidade de vencer os dois últimos jogos: em casa com a Lituânia e fora com o Luxemburgo.

E perante adversários que irão ter mais preocupações defensivas do que ofensivas, Fernando Santos diz que a receita tem de passar por «não jogar como matraquilhos.»

«Portugal tem de atacar com muitas dinâmicas, tem de ter um ataque posicional dinâmico, porque se não é como os matraquilhos. E ser formos como os matraquilhos não vai servir para nada», acredita.

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«Vamos ter adversários muito defensivos, a obrigar-nos a ter dinâmicas fortes. Não me parece que nos vão dar espaço para atacar a profundidade», analisa, destacando a necessidade de ter atenção à transição defensiva.

«Mas para além da forma de atacar, será muito importante a transição ataque-defesa. Vamos estar mais tempo com bola, por isso, temos de estar preparados e não deixar os adversários acharem que nos podem contra-atacar.»

Além dessas questões mais táticas, o selecionador nacional aponta um outro fator que será determinante: a atitude.

«Temos de igualar a atitude. Tem de ser no mínimo igual à dos nossos adversários. Isso não tem a ver com a qualidade, mas sim com a vontade. E se tivermos mais, há uma enorme possibilidade de vencermos porque a qualidade dos jogadores sobressai. Quando o adversário corre mais, ganha mais duelos, aí as diferenças esbatem-se um pouco. Temos de descomplicar e ser uma equipa forte», defende Santos.

Já quando questionado sobre o facto de Portugal, em caso de apuramento, poder cair para o pote 3, Fernando Santos desvalorizou a questão.

«Temos é de ganhar estes dois jogos e acabou. Sempre dissemos que queríamos ficar no primeiro lugar do grupo. Não conseguimos, mas isso nem é estranho ao futebol português. Já chegámos a fases finais e fizemos campanhas brilhantes sem acabarmos em primeiro do grupo», recordou, concluindo: «Eu gosto de jogar com adversários fortes. Acho que é melhor para nós.»