Fernando Santos deu a Portugal o título de campeão europeu pela primeira vez na história, mas não se sente pressionado para os próximos quatro anos. O selecionador nacional prolongou o vínculo até 2020, mas promete apenas o que prometeu quando chegou em setembro de 2014: muito trabalho.

Numa conferência de imprensa dada esta quinta-feira, o técnico disse ainda que não lhe foi pedido nenhum objetivo: «O presidente conhece bem a minha forma de estar e pensar, sabe que os meus objetivos são sempre iguais e estão traçados: trabalhar cada vez mais e mais para conduzir Portugal àquilo que todos desejamos e é isso que vamos fazer. Temos uma palavra chave, desde o primeiro dia, que é ganhar e vamos lutar muito por isso.»

«Não me foi pedido nenhum objetivo, como não foi pedido nenhum objetivo quando cheguei. Há uma total confiança em mim e na minha equipa técnica. Não tem de haver pedidos entre nós. Quem estrutura os objetivos é o presidente, que é o chefe desta casa, e a mim, líder da equipa técnica, compete-me tentar ajudar e apoiar nessas áreas. É só esse o compromisso que temos, fazer isso bem para servir bem Portugal», reforçou.

Assim, nada de pressões: «As panelas é que têm pressão. Não tenho idade para pressões, mas sim obrigações: fazer o melhor possível o meu trabalho. E eu e a minha equipa temos essa noção exata. Não é mais ou menos do que a que tínhamos quando aqui cheguei. Essa responsabilidade existe, mas não há pressões. Somos campeões da Europa, mas isso não nos dá um estatuto diferente, nem presunção. Vamos ser sempre iguais a nós próprios.»

«Medo? Se tivesse medo não estava aqui seguramente. Não há medo e além disso tenho quatro cães. Não faz parte do meu dicionário ter medo», referiu ainda sobre ter a fasquia tão alta para as próximas competições, depois da conquista do Euro2016.