Ricardo Quaresma não tem grandes esperanças de voltar a ser convocado para a Seleção Nacional, mas diz-se ainda disponível para entrar nas escolhas de Fernando Santos.

«Sinceramente, não me acredito muito [em estar no próximo Europeu]. Deixei de ser convocado depois do Mundial não sei bem porquê. Mas vou estar sempre disponível para a Seleção. Se acharem que posso ajudar, estarei por aqui. Não fiz um jogo de apuramento, não fiz nada... Se voltar para o FC Porto, se calhar, quem sabe… (risos)», afirmou o extremo português, que tem 80 internacionalizações e dez golos pela Seleção A, numa conversa no programa «FC Porto em casa», difundida nas redes sociais dos dragões.

Quaresma recordou também os seus treinadores no FC Porto e elegeu Jesualdo Ferreira como o que melhor o entendeu. «Jesualdo massacrava-me muito durante a semana, mas ao sábado ou domingo dava-me a maior liberdade do mundo. Ele sabia que eu podia falhar três ou quatro, mas que à quinta ou à sexta ia resolver. Foi o treinador que senti mais liberdade e que soube aproveitar melhor as minhas qualidades. No FC Porto as minhas melhores fases foram com o Jesualdo. Pela liberdade e confiança que ele me dava. Vi Jesualdo virar jogadores normais em craques», afirmou o agora jogador do Kasimpasa, de 36 anos, que recordou outros treinadores no FC Porto.

«Co Adriaanse tinha coisas que me irritava, mas fez-me perceber muita coisa que me passava ao lado. Uma vez, disse-me: 'Jogadores com tatuagens comigo não jogam.' E eu pensei: 'E puseste o Lucho a subcapitão?' Gostei muito também de trabalhar com o Luís Castro. Lopetegui... Nunca entendi o porquê de ele não ter ido com a minha cara. Não desejo mal ao Lopetegui, mas é uma pessoa que passa ao lado, porque não foi sincero comigo.»