Cristiano Ronaldo admitiu nesta quarta-feira ter ponderado deixar a seleção após a eliminação de Portugal do Mundial 2022.
O capitão de Portugal falou aos jornalistas na antevisão ao jogo com o Liechtenstein e revelou ter colocado em cima da mesa a possibilidade de não voltar a vestir de quinas ao peito.
«Não vou mentir, tive de meter tudo na balança. Tive bastante tempo para pensar, refleti com a minha família e chegámos à conclusão de que não podemos atirar a toalha ao chão, mesmo quando passamos dificuldades», começou por dizer.
«Consegui ver coisas sobre mim de diferentes ângulos e aprendi muito com isso. Estou muito contente por voltar, o selecionador conta comigo e percebi que ainda tenho muito para dar à seleção. Quero sempre levar Portugal o mais alto possível, por isso darei sempre o meu contributo quando precisarem de mim», acrescentou.
Ronaldo assumiu ter vivido momentos mais complicados nos últimos meses, mas diz que não os lamenta, uma vez que aprendeu muito com eles.
«Tudo o que acontece na vida tem uma razão. E eu agradeço. Muitas vezes, é importante passar por algumas coisas para ver quem está mesmo do meu lado e quer o meu bem. Houve uma fase menos boa, primeiro em termos pessoais e depois profissionais. Agradeço por passar por algumas dificuldades porque quando estamos no topo da montanha é difícil ver o que está cá em baixo. Foi bom para ver muitas coisas. Estou um homem melhor», sublinhou.
Com 196 internacionalizações, Cristiano Ronaldo pode, caso jogue frente ao Liechtenstein, tornar-se no jogador com mais jogos por seleções de sempre, algo que o jogador de 38 anos admite ser muito especial.
«Os recordes são a minha motivação. Já tenho muitos e quero mais. Mas o de amanhã [quinta-feira] é também especial. Tenho de confessar que ser o jogador mais internacional da história seria algo que me deixaria bastante orgulhoso. Além de ser o melhor marcador de seleções, quero ser também o mais internacional. Mas quero ter ainda bastantes internacionalizações à minha frente», nota.
[artigo atualizado]
