Portugal defronta esta quinta-feira a Espanha, no Benito Villamarín, a casa do Betis de William Carvalho e Rui Silva. O guarda-redes português, de regresso a Sevilha, assume que este «é um jogo especial».

«Espero que as pessoas me recebam da melhor forma, mesmo que desta vez eu esteja na equipa visitante. É bom poder voltar a casa», admitiu em entrevista ao jornal Marca.

O guardião luso assume que os encontros da Liga das Nações são «bons testes» para preparar o Mundial, onde a equipa das Quinas quer «aspirar a algo importante», até porque provavelmente marcará a despedida de Cristiano Ronaldo dos Campeonatos do Mundo.

«Não sei se será o último Mundial do Cristiano, mas, se for, ele merece despedir-se da melhor maneira. Portugal, depois do que mostrou nos últimos anos, é um candidato a ganhar o Mundial. Sabemos que temos jogadores muito importantes no futebol mundial, que jogam nos melhores clubes e, quando tens jogadores deste nível, tens que aspirar a esse tipo de conquistas. Podemos dizer, sem pressão, que temos de aceitar que podemos e queremos estar entre os melhores», projetou.

Rui Silva quer aproveitar esta nova paragem das seleções para garantir uma vaga no Qatar e salientou a qualidade dos adversários de Portugal nos quatro primeiros jogos do grupo 2 da Liga das Nações, a começar já pela Espanha.

«É uma equipa que coloca muita intensidade, tem muito boa posse de bola e para equipas com grandes jogadores, como nós, é complicado. Temos futebolistas cujo ponto forte é ter a bola e sabemos que na Espanha a posse de bola predomina. Têm gente muito rápida na frente que podem ferir-te a qualquer momento, tens de estar focado. Mas acho que temos armas importantes para causar perigo. O mais importante é estar forte atrás para tentar surpreender depois», analisou.

O guarda-redes do Betis confessou ter ficado «surpreendido» por não ver nenhum dos companheiros entre os escolhidos de Luis Enrique e abordou a situação atual de William Carvalho, que também alinha no emblema de Sevilha e foi, mais uma vez, chamado por Fernando Santos.

«William teve dificuldades no início, havia a possibilidade de poder sair e, nesses momentos, é complicado concentrares-te apenas no futebol. Tudo ao teu redor, mesmo que esteja a cargo dos representantes, afeta. Mas quando o mercado fechou, ele concentrou-se em si mesmo, no que tinha de fazer, sem lesões, o que é muito importante para qualquer jogador. Ter ritmo e jogar a cada três ou quatro dias é importante para a confiança. William fez uma temporada espetacular», rematou.

O Espanha-Portugal, do grupo 2 da Liga das Nações, tem pontapé de saída marcado para as 19h45 e poderá acompanhar todas as incidência desta partida ao minuto no Maisfutebol.