Carlos Queiroz não queria falar da arbitragem, mas abriu uma exceção por causa do vídeo-árbitro: o selecionador do Irão não entende as atuações do VAR, e diz que as pessoas também não entendem.

«Na Nazaré, uma famosa praia em Portugal, temos as maiores ondas do mundo. E quando no futebol se fala de árbitros, parece que a onda da Nazaré está sempre a rebentar. Por isso não quero falar dos árbitros, vai soar a desculpa», referiu.

«Mas tenho de dizer que o jogo de futebol pertence às pessoas e isso não pode mudar. O futebol é das pessoas. Um grupo de intelectuais está a tentar intelectualizar o futebol, mas as coisas têm de estar claras. Os seres humanos cometem erros e o VAR não nasceu para cobrir os erros humanos, nasceu para corrigir os erros humanos.»

Carlos Queiroz utiliza até uma metáfora curiosa para se referir ao vídeo-árbitro.

«Quando a minha filha chega a casa eu não quero saber se está mais ou menos grávida, quero saber se está grávida, ponto. Por isso nós temos de saber quais são as regras do VAR. Quando temos uma dúvida física, temos uma reunião. Quando temos uma dúvida de segurança, temos uma reunião. Quando temos uma dúvida de arbitragem, temos de escrever uma carta à FIFA e esperar pela resposta», acrescentou.

«Nós precisamos de saber quem vai ser o árbitro, quem vai ser o VAR, quais são as regras, qual é o critério do VAR. O que a FIFA está a fazer não é humano, é desumano. As pessoas merecem conhecer as regras do jogo, porque este é um jogo das pessoas.»