A Federação Portuguesa de Futebol está na fase final de venda do edifício na Praça da Alegria, que foi sede do organismo durante 36 anos: entre 1969 e 2005.
 
De acordo com Fernando Gomes, a autorização para venda do edifício chegou a 31 de maio e nesta altura as partes estão na fase final da celebração do contrato.
 
A venda da antiga sede na Praça da Alegria, em Lisboa, vai render aos cofres da Federação 4,2 milhões de euros, que serão totalmente canalizados para o futebol de formação.
 
Segundo o presidente, a Federação vai abrir um programa disponível para as associações distritais e para os clubes, através do qual estes podem candidatar-se ao apoio para a construção de infraestruturas de apoio ao desenvolvimento do futebol de formação.
 
Será para esse programa que serão canalizados os 4,2 milhões de euros na totalidade.
 
Esta notícia chega numa altura em que a Federação está muito perto de concluir a construção da Cidade do Futebol, que será a futura sede do organismo.
 
O novo espaço, no Jamor, juntará o Edifício Sede, o Centro Logístico, o Centro Técnico e o Núcleo Central, começou a ser construído em novembro de 2014 e estará concluído dentro de alguns meses, entre março e abril de 2016.
 
Com a mudança da Federação para o Jamor, o edifício na Rua Alexandre Herculano ficará livre, mas Fernando Gomes garante que nesta altura não há necessidade de vender.
 
«A decisão de vender ou não vender o edifício da Federação não está tomada. Mas é importante dizer que nesta altura a Federação tem meios para financiar a Cidade do Futebol e por isso não tem necessidade de correr para o mercado a vender», referiu.
 
«O edifício atual até pode ficar no espólio da Federação e ser arrendado, por exemplo.»
 
Refira-se que estas informações foram prestadas por Fernando Santos durante uma conversa com jornalistas para apresentar os resultados do relatório e contas da Federação.
 
O resultado do último exercício foi positivo, o que aconteceu pelo quarto ano consecutivo, desta vez num total de 435,9 mil euros.


 


Ora de acordo com a Federação, este valor vai servir para apoiar o futebol não profissional. 400 mil euros vão ser divididos entre subsídios para seguros e exames médicos do futebol e futsal femininos, por um lado, e redução das taxas de organização e arbitragem do Campeonato Nacional de Seniores, por outro lado.
 
Refira-se que só em arbitragem, por exemplo, cada jogo do CNS custa 650 euros. A Federação só cobra 500 euros por jogo e vai cobrar menos a partir da próxima época.
 
Os restantes 35,9 mil euros do lucro deste exercício serão para reforçar os fundos patrimoniais da própria Federação.