Portugal defronta neste sábado a seleção do Chipre, num encontro de cariz particular que vai servir para preparar o encontro com a Letónia, relativo à fase de apuramento para o Mundial e para a Taça das Confederações.

Apesar disso, Fernando Santos garante que não olha para o encontro com a congénere cipriota a pensar em experiências. «Isso não, não há testes para jogadores que são campeões da Europa. Vamos estar com jogadores que têm estado aqui sempre, portanto não há aqui testes. Isso não. Mas é normal. Temos seis substituições, o que nos permite abordar o jogo de uma forma diferente», começou por dizer, admitindo, sim, usar o jogo deste fim de semana para dar ritmo a alguns jogadores que estão sem competir, lembrou, há cerca de 15 dias.

«Se não fizéssemos este jogo, haveria aqui jogadores que iriam estar três semanas sem competir. Isso era perigos, entre aspas, no sentido que ia provocar faltas de ritmo e as férias deixam sempre também outro tipo de atividade. Foi isso que quisemos controlar com este jogo com o Chipre», esclareceu.

O selecionador nacional admitiu que, apesar de ter preparado ao detalhe o encontro particular com Chipre, teve em atenção o encontro que se segue e que pode ser fundamental nas aspirações de Portugal em marcar presença no Mundial da Rússia. «Muitas vezes o problema dos particulares é estar a pensar no que vem a seguir. Obviamente que temos de pensar no Chipre, mas termos de gestão, também temos de pensar na Letónia. Pensando nas duas coisas, não pensando só numa, sob o risco de depois correr mal. Temos de analisar o Chipre, preparar-nos como um jogo normal. Queremos fazer um bom jogo amanhã no Estoril, agora em termos da gestão, do grupo, da forma dos jogadores, vamos também ter em atenção o jogo com a Letónia», referiu.

Olhando para o ranking da FIFA, o Chipre apresenta-se como um adversário acessivel para os campeões da Europa, mesmo numa altura em que ainda não podem contar com Pepe e Cristiano Ronaldo, mas Fernando Santos diz que não é bem assim. «Não podemos pensar em rankings. Já jogámos com o Cabo Verde também no Estoril e sabemos o que é que aconteceu. Há que estar concentrado, fazer um bom jogo, há que ganhar. Conheço muitos dos jogadores do Chipre, muitos atuavam na Grécia, um ou dois até chegaram a ser meus jogadores. É um futebol semelhante ao da equipa grega. Se não me falha a memória empataram aqui em Portugal 4-4 e também tinham um ranking muito diferente», referiu.

Além disso, o facto de Portugal ser campeão da Europa pode ser fator de motivação extra para o adversário. «Estas equipas ao defrontarem Portugal, pela circunstância de ser campeão da Europa, é um fator de motivação extra muito forte. Os jogadores sabem que nestes jogos são mais vistos, há muita gente a observar e para eles é uma forma de aproveitarem este espaço para mostrarem as suas capacidades e potenciar as suas carreiras» destacou ainda.