Foi um Carlos Queiroz de sorriso rasgado e muito feliz que apareceu em frente aos jornalistas, na sala de imprensa do Arena Mordovia: o treinador fez questão, aliás, de explicar que poucas vezes teve a oportunidade de falar para uma audiência vasta.

«Para a nossa seleção é uma grande honra, um privilégio, estar aqui hoje, sabendo que amanhã vamos entrar em campo com todas as possibilidades de lutar pelos nossos sonhos, frente a uma equipa como Portugal, que é um forte candidato a ganhar o Mundial e um dos favoritos», começou por referir.

«Depois de dizer isso, tenho de confessar que estamos muito contentes e estamos prontos para competir com toda a nossa honra e toda a nossa dignidade, sabendo que aprendemos com os erros cometidos frente à Espanha e a Marrocos, e que só temos uma possibilidade para ser felizes.»

Ora por falar nisso, por falar na única possibilidade que o Irão tem de ser feliz - que passa por vencer Portugal -, refira-se que Carlos Queiroz evitou falar da estratégia para o jogo, preferindo centrar o discurso na motivação da seleção iraniana.

«Não posso falar do nosso plano de jogo. A única coisa que sabemos é que se Marrocos foi difícil, a Espanha foi difícil, Portugal será ainda mais fácil. Não viemos aqui à espera de nada fácil. Nem mesmo em sonhos os meus jogadores terão pensado nisso», acrescentou.

«Todos nós estamos muito entusiasmados para jogar este jogo e por fazer o melhor que podemos, com todo o nosso espírito de de luta e toda a nossa concentração. Portugal tem tudo a perder e nós não temos nada a perder, temos tudo a ganhar. Por isso vamos fazer o nosso jogo e lutar até ao fim. Espero que tenhamos aquela pontinha de sorte necessária.»