Num jogo em que mandou do início ao fim, a Seleção Nacional de sub-20 venceu esta tarde o Uzbequistão num particular de preparação do Mundial de juniores.
 
Para se ter uma ideia da superioridade nacional, basta dizer que os uzbeques só fizeram um remate, a vinte minutos do fim, de muito longe e sem perigo. Lapidar.
 
A Seleção Nacional mandou por isso no jogo todo, perante um adversário que, é bom dizê-lo, também vai estar no Mundial sub-20, a Seleção Nacional mandou no jogo todo, dizia-se, mas só chegou ao golo quando ficou em superioridade numérica.
 
Foi uma jogada decisiva: aos 55 minutos, Giyosov teve uma entrada assassina sobre Gonçalo Guedes e viu o vermelho direto. O extremo do Benfica saiu diretamete para os balneários, e de maca, Portugal ficou com mais um jogador em campo.
 
Ora este momento coincidiu também com a entrada de jogadores fundamentais, como Gelson Martins, Raphael Guzzo e Nuno Santos.
 
Juntando uma coisa e a outra, Portugal cresceu. Abriu o marcador de penálti, após uma falta cometida sobre Gelson Martins, e chegou ao segundo a dez minutos do fim, quando o mesmo Gelson Martins rematou para defesa de Khamraev, que André Silva aproveitou para fazer a recarga para golo.
 
Na meia hora final, de resto, Portugal materializou em oportunidades de perigo o domínio que tinha tido antes.

Para além dos dois golos, a Seleção Nacional ameaçou em remates de Nuno Santos e André Silva, para mais duas bolas defesas do guarda-redes.
 
Antes disso, na hora de jogo anterior, o selecionador Hélio Sousa tinha aproveitado para dar uma oportunidade a jogadores teoricamente menos prováveis titulares.
 
Sem elementos fundamentais como Raphael Guzzo, Gelson Martins, Nuno Santos, Estrela ou Riquicho, Portugal dominou mas só finalizou em remates de fora da área.
 
Janio Bikel, que foi uma excelente surpresa, e um sério candidato ao onze, também, atirou por duas vezes com perigo. Gonçalo Guedes, pouco depois, só não marcou porque Khamaev fez uma grande defesa.

E foi praticamente tudo na primeira parte: Portugal teve pouca velocidade e por isso não criava muito perigo.
 
A partir da expulsão e das substituições, tudo mudou.
 
Portugal venceu e venceu bem, num jogo que fica como um bom teste para Hélio Sousa tirar algumas conclusões. Na terça-feira há mais, desta vez frente ao Uruguai.
 
FICHA DE JOGO
 
Estádio Municipal Sérgio Conceição, em Taveiro
Cerca de 400 espetadores
 
PORTUGAL: Tiago Sá (Guilherme, 78m); Rafael Ramos, Dinis Almeida, Nelson Monte (Domingos Duartes, 58m) e Ruben Ribeiro (Riquicho, 58m); João Palhinha (Estrela, 58m), Janio Bikel (Raphael Guzzo, 70) e Francisco Geraldes (Francisco Ramos, 70m); Gonçalo Guedes (Gelson Martins, 58m), João Vigário (André Silva, 70) e Ivo Rodrigues (Nuno Santos, 70m).
Suplentes não utilizados: André Moreira, Guilherme Oliveira, João Nunes, Rebocho e Podstawski.
 
UZBEQUISTÃO: Khamraev (Ergashev, 86m); Giyosov, Tursunov, Xamrobekov e Ashurmatov; Sokhibov (Normurodov, 63m) e Kosimov (Azimov, 74m); Shomurodov (Khursanov, 63m), Shukurov (Ismailov, 86m) e Khamdamov (Talipov, 86m); Urinboev (Sidikov, 74m).
Suplentes não utilizados: Nenhum.
 
GOLOS: Ivo Rodrigues (68m) e André Silva (79m)
Disciplina: Cartão amarelo para Rafael Ramos (51m), Urinboev (51m), Tursunov (53m), Palhinha (54m) e Ismailov (90m). Cartão vermelho para Giyosov (55m).