Figura: Gonçalo Ramos

Dividiu o protagonismo da goleada portuguesa com Fábio Silva. No entanto, o avançado do Benfica marcou um póquer em 39 minutos e ainda ficou perto de um golaço de pontapé de bicicleta, mas a barra não colaborou. Apesar do adversário que enfrentou, um póquer é sempre um póquer e deixa Gonçalo Ramos com o estatuto de melhor marcador desta fase de apuramento para já.

Momento: Nuno Tavares quebra resistência do Liechtenstein, minuto 5

Apesar de até ter conquistado o primeiro canto do jogo, a resistência do Liechtenstein não durou mais que cinco minutos. O desenho ofensivo de Portugal é excelente com a bola a circular da esquerda para a direita. João Mário e Fábio Vieira combinaram no corredor direito, a bola entrou em Fábio Silva que, à entrada da área, lançou Nuno Tavares. O lateral-esquerdo do Arsenal atirou pelo «buraco da agulha» e deu início à goleada lusa.

Outros destaques:

Fábio Silva: «só» marcou dois golos e por isso, não merece ser a figura do jogo. É, porém, uma das figuras. O avançado do Wolverhampton mostrou capacidade para jogar de costas para a baliza – o lance do 1-0 é sintomático –, foi altruísta e importante na pressão alta que Portugal exerceu sempre que não teve a bola como ficou provado no golo repleto de classe aos 13 minutos. Além da estreia a marcar em dose dupla, o jovem ainda fez duas assistências.  

Fábio Vieira: o jogador do FC Porto abriu o livro com um túnel delicioso a um adversário logos aos quatro minutos. O jogo de Fábio Vieira é sensacional de ver quando está com a cabeça limpa. Esta noite em Vizela, o esquerdino exibiu-se a um nível alto e somou pormenores de qualidade, além de passes teleguiados. Fábio ainda marcou um golo, mas nem precisava de o ter feito para merecer o destaque: tem um talento incrível.

João Mário: o lateral-direito do FC Porto funcionou quase como um extremo. E que bem ele conhece essa posição! O Liechtenstein nunca encontrou a fórmula para travar as constantes mudanças de velocidade de João Mário. Combinou bem com o colega de equipa Fábio Vieira e

Tiago Dantas: foi o farol de todo o jogo ofensivo português. O médio que joga no Tondela soube sempre encontrar os melhores caminhos para romper a muralha defensiva contrária e ofereceu fluidez e critério à posse de bola de Portugal. Tiago Dantas fechou o jogo com uma assistência para Gonçalo Ramos e com a braçadeira de capitão no braço após as saídas de Vitinha e Fábio Vieira. Uma noite em cheio.

Francisco Conceição: embora nem sempre tenha definido com qualidade, o extremo teve o mérito de carregar jogo pelo corredor e de agitar o ataque português. Francisco anotou um golo sublime ao dominar à entrada da área e a rematar de bico na cara do guarda-redes contrário - após um túnel a um adversário. Certamente causou boas dores de cabeça a Rui Jorge.