A dispensa de Cristiano Ronaldo vai deixar a Seleção Nacional órfã do melhor jogador do Mundo no jogo do próximo domingo com o México, a contar para a atribuição do 3.º e 4.º lugares da Taça das Confederações.

Cédric Soares, lateral direito titular em três dos quatro jogos da equipa das quinas na competição, admite que a ausência do capitão tira alguma força à equipa das quinas, mas garante que, ainda assim, há qualidade para chegar ao último lugar do pódio.

«Quando temos o Cristiano acho que somos claramente mais fortes. Mas temos jogadores com muita qualidade na mesma e vamos tentar responder da melhor maneira, mesmo sem o Cristiano presente», disse em conferência de imprensa.

Cédric referiu ainda que o grupo de trabalho compreendeu os motivos da dispensa de Ronaldo, que foi pai de gémeos. «É um jogador muito importante na nossa equipa. Toda a gente tem noção disso, mas compreendemos a situação dele. Falou com o grupo e foi de louvar o facto de ele ter ficado duas semanas junto do grupo. Como não conseguimos alcançar o nosso primeiro objetivo, é normal que a Federação o tenha dispensado. Todos os jogadores compreenderam.»

Recorde-se que o México foi goleado nesta quinta-feira pela Alemanha (4-1) e vai agora medir forças com Portugal pela segunda vez na Taça das Confederações, depois de um empate a dois golos na abertura da prova. Cédric deixou elogios à seleção americana que, frisou, fez mais do que sugere o resultado do jogo com a Mannschaft. «O México tem muita qualidade. Mostraram-no no jogo contra nós. Chegaram ao segundo golo com alguma felicidade mas não deixa de ser um adversário com bastante qualidade, sabemos disso. Apesar de a Alemanha os ter derrotado talvez com o resultado um pouco exagerado, sabemos da qualidade do México e vamos preparar-nos para esse jogo que aí vem, que vai ser difícil mas de certeza que a seleção está preparada.»

Cédric abordou ainda o jogo com o Chile, no qual Portugal foi afastado no desempate através de pontapés da marca da grande penalidade e viu-se afastado do principal objetivo: chegar à final e vencê-la. «Ninguém gosta de perder nos penáltis. Há sempre aquela sensação de que também podíamos ter vencido. É uma questão um pouco injusta. É um pouco uma situação de sorte, mas são as regras e temos de segui-las», disse.

«Não vamos estar aqui com mentiras. Queríamos estar na final. Não conseguimos atingir o nosso objetivo com alguma pouca sorte, mas temos outro objetivo agora: há o terceiro lugar em disputa», reiterou, sublinhando que, apesar do afastamento do principal objetivo, a motivação não se desvaneceu.