«Para mim, só contam os jogadores que estejam completamente concentrados no Olhanense, os que vão para a batalha e para a guerra com um espírito competitivo como deve ser». Foi esta a explicação de Sérgio Conceição para a ausência de Rui Sampaio e Vítor Vinha do treino deste sábado de manhã, o último que antecedeu o jogo em Coimbra, com a Académica.
O treinador dos algarvios reforçou a sua decisão, dizendo ainda que nem que seja preciso ter só onze jogadores à disposição. «O Rui Sampaio tem a sua situação indefinida e está a falar com a direção, e por isso a sua cabeça não está a cem por cento focada no jogo de amanhã, e não posso levar um jogador assim. Está disponível para jogar, podia levar, mas prefiro ter só dois ou três jogadores no banco, mas que estejam completamente empenhados no jogo. O outro é o Vítor Vinha. São dois jogadores que pediram para sair, querem ir embora, e enquanto não tiverem a situação definida, não conto com eles. Claro que ficamos mais frágeis e limitados no grupo de trabalho, são dois jogadores que poderiam jogar amanhã, e talvez jogassem, mas tenho a certeza que ficamos mais fortes em termos de grupo, e para mim isso é o mais importante», especificou. Rui Sampaio já tem um princípio de acordo com a Direção do clube algarvio e na próxima semana será assinada a desvinculação. Vítor Vinha, que também esteve reunido com o presidente Isidoro Sousa também terá a sua situação resolvida nos próximos dias. «Estamos em fase de reestruturação do plantel, e os dois processos foram tratados com elegância e respeito para ambas as partes e vão rescindir com o clube», confirmou Isidoro Sousa, presidente do Olhanense.
Matematicamente ainda é possível
«Estamos concentrados e convencidos que vamos fazer um bom jogo contra uma equipa bem orientada e que vamos encontrar muitas dificuldades, não só pelo valor do adversário, mas também pelo que se tem passado aqui. Hoje temos catorze jogadores e mais dois guarda-redes, são só dezasseis disponíveis, e não tem sido fácil. Mas tenho a certeza que os que vão, estarão muito concentrados e empenhados, com grande espírito de grupo e força interior, e é nas fragilidades e dificuldades que este grupo se vai revelar. Quem quer estar connosco, com pensamento positivo de grupo, com entrega e com a cabeça cem por cento no Olhanense, está, quem não estiver assim, que fique em casa», disse.
A derrota com o Benfica na 1ªjornada limitou a ambição do Olhanense, mas não a decepou, não opinião do técnico. «Matematicamente ainda é possível e quem me conhece sabe que é muito difícil atirar a toalha ao chão e dar as coisas como definitivas, como perdidas. Penso que temos todas as possibilidades de chegar a Coimbra e lutar pela vitória, e depois esperar para ver o que acontece no Moreirense-Benfica. Até matematicamente ser possível, acreditamos, mas acreditamos mesmo, não é dizer da boca para fora», reforçou.
Babanco, David Silva e Djaniny vão para o CAN e vão desfalcar o plantel algarvio em janeiro. «Quando saírem os três jogadores para a seleção de Cabo Verde, e continuando a ter estes jogadores lesionados, ficamos com onze jogadores. A Direção está consciente do que tem que ser feito, tivemos várias reuniões nos últimos dias, apontei-lhes as fragilidades da equipa e o que temos que melhorar, em relação a jogadores que têm que vir. Os alvos estão definidos mas dependem das possibilidades do clube e do momento geral do futebol português. Sei que não vai ser fácil mas tentaremos trazer jogadores de qualidade para jogarem e não para serem mais um. Podem não vir muitos, mas os que chegarem, que venham com sentido e com vontade de que poderão ser titulares», assumiu.