«Têm de ser mais claros (com o VAR), senão andamos aqui todos aos papéis»

Não deixa de ser sintomático que, à 13.ª jornada, o treinador do líder do campeonato diga que não entende os critérios do vídeo-árbitro nem a comunicação em torno deste.

Sérgio Conceição é um homem do futebol: teve uma carreira como jogador de topo no futebol europeu e agora é um técnico promissor, que precisou de alguns meses apenas para dar cartas num grande português.  

Ora, se Sérgio Conceição não entende, não haverá muito mais quem entenda, pelo que esta frase não marca apenas o clássico FC Porto-Benfica e a própria jornada 13, mas acaba por resumir bem o principal debate neste arranque de época.

Por responder ficam desde logo uma pergunta fundamental:

O VAR chegou para esclarecer lances de dúvida ou apenas para confirmar certezas (ou nem sequer isso)?

Independentemente do protocolo, se é a segunda hipótese que vinga, então a ferramenta que é a grande novidade nesta Liga em defesa do jogo e da verdade desportiva ficará longe de cumprir as suas potencialidades e gorará as expetativas não só dos adeptos, mas também dos agentes desportivos, como o lamento de Conceição bem atesta:

«Têm de pôr cá fora o que é a comunicação entre o VAR e o árbitro. Têm de ser mais claros sobre quando é que um árbitro pode analisar uma situação dúbia. Senão andamos aqui todos aos papéis. Não entendo.»