A Câmara de Setúbal está preocupada com a situação financeira que afecta o principal clube da cidade. A garantiu foi dada pela presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, que avisa, porém, que a actuação do município tem limitações, «porque tem apenas oito por cento do capital social da SAD».

A autarca salienta que «há uma grande preocupação» com o caso e que «continua a fazer as diligências que tem estado a fazer, na tentativa de resolver os problemas». Recorde-se que os jogadores têm quatro meses de salários em atraso, tendo recebido esta quarta-feira o correspondente a parte de um deles, sem que o montante ou a sua origem tenham sido divulgados .
Apesar da garantia de empenho, em declarações à agência Lusa, Maria das Dores Meira, fez uma ressalva em relação ao que a autarquia pode fazer em relação a este caso. «É evidente que há grande preocupação, mas a Câmara Municipal não fica com o menino dos braços, porque tem apenas oito por cento do capital social da SAD», disse Maria das Dores Meira à agência Lusa. «Só se pode dizer que a autarquia fica com o menino nos braços do ponto de vista moral», adiantou.

A presidente da câmara disse também não ter nenhuma indicação concreta sobre o pedido de um empréstimo de 1,5 milhões de euros para o Vitória de Setúbal, que tem acompanhado com o ex-presidente da Comissão de Gestão, Carlos Costa. «Ainda não temos nenhuma indicação e a pessoa responsável do banco não tem estado no país», disse à Lusa.
Maria das Dores Meira afirmou que as informações sobre a evolução do problema lhe chegam através do representante da autarquia na SAD, António Alves (Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD). «É ele que vai fazendo chegar à Câmara Municipal aquilo que se passa no dia a dia do Vitória de Setúbal», referiu.