Os conflitos na Ucrânia e a recente queda do avião da Malásia está a deixar os futebolistas que atuam no país apreensivos.    Os brasileiros Douglas Costa, Alex Teixeira, Fred, Dentinho, Ismaily e o argentino Facundo Ferreyra, do Shakhtar Donetsk, recusaram viajar para a Ucrânia, depois de no sábado terem jogado um particular frente ao Lyon, em França. O primeiro quis explicar que não quer sair do Shakhtar, mas que receia pela própria segurança.

Douglas Costa escreveu no Instagram: «Quero esclarecer que não estou a abandonar o clube. Estou com medo. Tudo que foi dito, tudo o que vi e ouvi é que a situação na Ucrânia não está boa. Não sabemos as condições em que vamos treinar e jogar. Para jogar precisamos de viajar. Que segurança é que temos? Não tenho qualquer tipo de problema com o Shakhtar. Eu gosto do clube onde estou, das pessoas, da cidade, mas tenho medo dos conflitos e do que possa acontecer à minha família quando tivermos de jogar fora.»

Já o CEO do Shakhtar, Sergei Palkin, assegurou que a UEFA está do lado do clube, depois de o treinador Mircea Lucescu ter dito que a recusa dos jogadores tinha a ver com uma jogada do empresário Kia Joorabchian.

«A UEFA recomendou que os jogadores que se ausentaram sem autorização regressem o mais rápido possível. Vamos enviar os documentos que recebemos para os jogadores e seus agentes. A segurança dos jogadores é a nossa principal preocupação. Ninguém os vai colocar em situações perigosas», disse Palkin ao site do clube.

No Metalist a situação é semelhante. Os argentinos Alejandro Gomez, Jonathan Cristaldo e Jose Sosa, capitão de equipa, afirmaram que vão permanecer na Argentina até que a situação na Ucrânia se resolva ou até que cancelem os seus contratos.

«Não é razoável permanecer num país no qual já não nos sentimos em segurança. Ninguém nos pode dar qualquer tipo de segurança na Ucrânia», declarou Alejandro Gomez, citado pelo site ucraniano www.football.ua.

Já na semana passada Sebastian Blanco, médio argentino do Metalist, recusou regressar ao clube.

«Após a queda do avião malaio, não tenho qualquer intenção de regressar à Ucrânia», disse o jogador de 26 anos.