Joaquim Evangelista não quer alimentar a polémica com João Bartolomeu, rosto da União de Leiria neste processo, e garante ao Maisfutebol que o Sindicato de Jogador prefere deixar o dirigente «a falar sozinho».

Confrontado com o comunicado desta tarde da União de Leiria, Evangelista limitou-se a lamentar este caso que está a denegrir o futebol português. Keita foi reintegrado depois de ter sido acusado de roubar seis mil euros ao clube.

«A União Desportiva de Leiria, Futebol SAD, informa que o mal-entendido ocorrido com o jogador Alphousseiny Keita já se encontra solucionado, assim regressando este em pleno ao plantel profissional. Mais reafirmamos que, até às 17 horas de hoje, não foram recebidas quaisquer rescisões contratuais dos atletas desta SAD, assim persistindo as faltas injustificadas. Tal facto implicará a instauração dos competentes processos judiciais», explicou o clube leiriense, nesta segunda-feira.

Joaquim Evangelista responde com ponderação. «Antes de mais, devo dizer que o que aconteceu foi uma rescisão de contrato dos jogadores. Portanto, aqueles que jogaram domingo depois de terem rescindido fizeram-no numa situação irregular», explicou ao nosso jornal.

«De resto, acho que o melhor é deixar João Bartolomeu a falar sozinho. O Sindicato não responderá mais a declarações do presidente da U. Leiria. Que fique a falar sozinho. A minha função é defender o futebol português e isto envergonha a todos», concluiu o presidente do Sindicato de Jogadores, ao Maisfutebol.

Keita havia sido acusado por João Bartolomeu de ter fugido do estádio com seis mil euros, mas apressou-se a negar a situação. Já esta segunda-feira, após uma reunião com o presidente demissionário, admitiu voltar atrás na decisão de abandonar o clube, caso lhe sejam liquidados os ordenados em falta e desmentido que tenha roubado o dinheiro. Mais tarde, a União de Leiria confirmou a reintegração