Um dia depois da reunião da comissão de emergência na sequência do protocolo validado pela Direção-Geral da Saúde para a retoma das competições, o Sindicato dos Jogadores considerou que as explicações prestadas foram «esclarecedoras».

Em comunicado, o organismo presidido por Joaquim Evangelista menciona concretamente o ponto 1, contra o qual alguns jogadores da Liga se manifestaram publicamente.

«Face às dúvidas que resultaram, em especial, do ponto 1 do protocolo sobre as condições de regresso, comunicado pela FPF, os jogadores foram esclarecidos de que o pretendido pelas autoridades de saúde é o seu consentimento informado, isto é, uma declaração de que todos tomaram conhecimento das regras decorrentes do protocolo e assumirão o comportamento adequado ao seu cumprimento. Ficou também esclarecido que, em vez de declarações individuais, será emitida uma declaração coletiva deste compromisso, através do Sindicato, na qualidade de entidade representativa. Em conclusão, ao contrário do que foi sendo especulado, a emissão desta declaração é um mero consentimento informado e não determina a renúncia ou perda de qualquer direito.»

Recorde-se que o ponto 1 referia que clubes e jogadores participantes na Liga «assumem, em todas as fases das competições e treinos, o risco existente de infeção por SARS-CoV-2 e de COVID-19, bem como a responsabilidade de todas as eventuais consequências clínicas da doença e do risco para a Saúde Pública».

«Considerando a intervenção esclarecedora do doutor Adalberto Campos Fernandes, especialista em saúde pública, ex-ministro da saúde e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, por um lado, e as dúvidas colocadas por vários jogadores, por outro, o Sindicato promoveu uma reunião informal entre este perito nomeado pela FPF e os capitães de equipa da Liga NOS. A reunião permitiu contextualizar o protocolo, a racionalidade das medidas e os comportamentos que se impõem nesta fase aos jogadores», acrescenta o Sindicato na mesma nota.