O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) contava em julho com 177 futebolistas desempregados, um número que Joaquim Evangelista considerou ficar aquém da realidade nacional.

Na 15.ª edição do estágio para desempregados, que decorreu entre 3 de julho e 31 de agosto, participaram 54 futebolistas, no entanto, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) registava havia 166 jogadores inscritos em janeiro de 2017, 157 em fevereiro e março, 146 e abril, 144 em maio e 140 em junho.

O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, disse à Lusa que os números apresentados «não refletem a totalidade de jogadores profissionais no ativo, ou recentemente retirados, que se encontram em situação de desemprego».

Segundo o dirigente, há um «estigma que está relacionado com o funcionamento do sistema desportivo», explicando que os atletas que não conseguem colocação «acreditam que, através da sua rede de contactos ou da ação do seu intermediário, vão conseguir um novo contrato e, portanto, não procuram tomar outras medidas de procura de emprego».

Dando conta de uma média de colocações «sempre acima dos 50% nos estágios dos jogadores», Evangelista considerou que 2017 «não foi exceção», apresentando como colocados 558 dos 947 que participaram nas 15 edições, «numa taxa de empregabilidade de 58,92 por cento».

No caso de 2017, acrescenta o líder do SJPF, dos 54 participantes, 29 arranjaram clube, tendo nessa concentração se «aliado à componente desportiva a formação dos participantes em múltiplas áreas: integridade, relação laboral desportiva, intermediação, saúde, nutrição e coaching».