Ricardinho, jogador português de futsal, e Carlão, avançado que passou pelo U. Leiria, classificam o sismo no Japão como um dos piores momentos por que passaram. O antigo jogador do Benfica contou à Lusa que ficou «muito assustado» quando sentiu o primeiro sismo: «Foi uma experiência que espero nunca mais passar na vida. Posso dizer que senti o primeiro mais ou menos às 14h50 [menos nove horas em Portugal], estávamos a caminho do jogo. Depois, senti mais quatro ou cinco réplicas, mas não tão fortes.»

Tudo aconteceu quando o internacional luso se dirigia ao pavilhão onde a sua equipa ia actuar. Ricardinho e os dois colegas que o acompanhavam não ganharam para o susto: «Vimos as árvores quase a cair para cima do carro, víamos os edifícios a abanar tanto... fiquei muito preocupado. Um dos jogadores que estava comigo no táxi, que é japonês, diz que nunca tinha sentido nada assim. Fiquei mesmo muito assustado.»

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Tóquio «está um caos», explicou Ricardinho, apontando que não sabe quando será possível sair, já que as auto-estradas estão fechadas e os transportes estão parados: «Amanhã [sábado] vamos tentar viajar, mas vamos ver. São milhares de pessoas a querer regressar às suas casas. Vamos ver quando vamos conseguir sair. Está um caos e o que as autoridades aconselham é que as pessoas se refugiem num hotel e descansem.»

Já Carlão, jogador do Kashima Antlers, sentiu o sismo quando se deslocava para o hotel onde a equipa ia estagiar, contou à sua assessoria: «Quando estava no autocarro com a equipa, senti tudo a tremer e fiquei assustado. Vi rachas nos prédios, mas ainda não sei qual é a dimensão desta tragédia.»

Recorde-se que um sismo com a magnitude de 8,9 na escala aberta de Richter provocou a morte a centenas de pessoas na costa nordeste do Japão. O tremor de terra foi seguido de um tsunami e de, pelo menos, 19 réplicas.