O que têm em comum Mitroglou, Jonas, João Félix e Seferovic, mais um bocadinho de Lima e outro bocadinho de Raul Jimenez?

Basicamente uma coisa: Pizzi.

Desde que Jorge Jesus teve a brilhante ideia de transformar um extremo de razoável qualidade num médio de enorme talento, o Benfica tem criado avançados de grande capacidade goleadora.

Um pouco mais ou um pouco menos, todos eles beneficiaram da criatividade, visão de jogo e qualidade de passe de Pizzi. Nos casos de Jonas e João Félix, o benefício foi aliás evidente: a conetividade de ambos com o internacional português era indiscutível e impressionante.

A verdade é que ao pensar em Pizzi lembro-me de uma opinião que li há tempos numa revista de televisão. Dizia o jornalista que o mérito de Cristina Ferreira, Sónia Araújo e Teresa Guilherme era o mesmo: Manuel Luís Goucha. Ao lado dele todas as apresentadoras brilhavam.

Não sei se será totalmente assim no caso da televisão, mas não tenho dúvidas que a análise se aplica perfeitamente a Pizzi: ao lado dele todos os avançados brilham.

O médio do Benfica é um homem discreto, talentoso e sobretudo muito inteligente.

Sabe ler o jogo, sabe perceber as movimentações dos colegas, sabe descobrir espaços antes de toda a gente. Por isso dá brilho a quem joga uns metros mais adiantado e de frente para o golo. A exibição que fez na goleada de mão cheia do Benfica sobre o Sporting, no Algarve, foi só mais um exemplo disso.

Em torno de Pizzi tudo cresce.