Duas grandes vitórias europeias, e Cristiano Ronaldo também a fazer história.

O FC Porto, no Dragão, perante o Chelsea de Mourinho. O Benfica, no efervescente Vicente Calderón, a derrubar o Atletico Madrid de Cholo Simeone. O capitão da Seleção a chegar ao golo 500 e, com o 501º, a igualar Raúl como melhor marcador da história do Real Madrid.

É verdade que os Blues ainda não foram esta época aqueles control-freaks que costumam ser, e os colchoneros, hoje, também desiludiram, perdendo no campo onde não costumam ter igual: o da intensidade e da concentração. No entanto, em nada isso tira mérito à forma como os dois emblemas portugueses abordaram o desafio de tentar derrotar duas das maiores equipas do continente.

Tanto dragões como águias sofreram. E bem. Faz parte!

Casillas e Júlio César têm defesas muito importantes para a história dos respetivos encontros, e tanto Chelsea como Atleti criaram oportunidades para construir outro resultado. Os portistas acabam com os ingleses em cima, perto do empate, e os encarnados estiveram perto do knockout logo depois do golo de Correa.

Cometeram erros. O de Casillas no livre de Willian, algumas hesitações de Maicon perante Diego Costa por exemplo. As tentativas falhadas de fora de jogo de Luisão, Gaitán a não ajudar nas transições defensivas, a aflição nas bolas paradas.

No entanto, tanto FC Porto como Benfica souberam sobreviver aos momentos difíceis e reentrar nos desafios a tempo de levar os três pontos.
 
No Dragão, brilharam Rúben Neves, Brahimi, André André e Aboubakar.

Em Madrid, Gaitán, mas também Samaris, Nélson Semedo, Guedes e Júlio César. 

Boas exibições individuais em ambos os estádios, mas sobretudo atitude competitiva, concentração, intensidade e vontade de vencer. O objetivo foi cumprido e Portugal, com isso, recuperou o quinto lugar do ranking da UEFA.

O Benfica ganhou pela primeira vez para Taça/Liga dos Campeões pela primeira vez em Espanha. O FC Porto conseguiu apenas o segundo triunfo perante o Chelsea. Chama-se a isso fazer história. Mérito de Lopetegui e Rui Vitória, claro.

Na Suécia, outro histórico. Ronaldo fez mais dois golos. Falta-lhe um e deixará Raúl para trás, prosseguindo no seu caminho solitário de ser o melhor de sempre do Real Madrid, batendo todos os recordes. Uma máquina infernal. Lendária.

Dois grandes dias para o futebol português, e que sejam três amanhã com Belenenses, Sporting e Sp. Braga. 

P.S. Importante destacar ainda as grandes vitórias do Olympiakos de Marco Silva em Londres perante o Arsenal e do Valencia, de Nuno Espírito Santo, em Lyon. O Zenit, ainda de André Villas-Boas, não se deixou surpreendeu e bateu o Gent. Boa jornada!


LUÍS MATEUS é subdiretor do Maisfutebol e pode segui-lo no TWITTER. Além do espaço «Sobe e Desce», é ainda responsável pelas crónicas «Era Capaz de Viver na Bombonera» e «Não crucifiquem mais o Barbosa» e pela rubrica «Anatomia de um Jogo».