Fez na quarta-feira, dia de dérbi no Estádio da Luz, precisamente um mês desde que Bruno Lage disputou o primeiro jogo como treinador do Benfica.

Um mês percorrido com sete vitórias e uma derrota dura, frente ao FC Porto, nas meias-finais da Taça da Liga, mas um mês também em que o Benfica venceu duas vezes o Sporting (uma delas em Alvalade e com enorme autoridade), em que recuperou quatro pontos ao FC Porto na Liga e em que saltou do quarto para o segundo lugar da classificação.

Portanto, no final deste mês, o balanço é francamente positivo.

Chegou como uma espécie de solução de recurso, uma opção encontrada ali na equipa B, com toda a carga de ceticismo que esta espécie de escolhas costuma significar.

Um mês depois, porém, Bruno Lage ganhou direito a ser olhado como treinador do Benfica de corpo inteiro: uma opção tão válida como outra mais mediática qualquer.

Hoje, de facto, olha-se para ele e não se vê ali uma opção de recurso: vê-se o treinador do Benfica.

É perfeitamente legítimo pensar que, no futuro, esta deferência tende a aumentar. Afinal de contas o nome de Bruno Lage ganha solidez à medida que os jogos passam e, à medida que o nome for ganhando solidez, Bruno Lage tem mais tranquilidade para trabalhar melhor.

O tempo, portanto, corre a favor dele.