Jonas.

33 golos aos 34 anos.

Edinho.

Um poker, o primeiro da carreira, aos 35.

Pires.

Um hat-trick aos 37.

Um aviso claro para os prazos precipitados de validade atribuídos aos jogadores, sobretudo numa Liga que, por não ser de topo, consente uma maior longevidade aos de maior qualidade.

É o caso dos três futebolistas – sublinhe-se o mérito do avançado do V. Setúbal, que substituiu um Gonçalo Paciência já feito principal referência do conjunto –, embora Jonas seja obviamente figura à parte, não só em relação aos outros trintões, mas também ao resto do campeonato.

O avançado brasileiro é há muito o extra no conjunto encarnado e esta época, face a uma conjuntura que o deixou mais isolado na frente, já ultrapassou inclusive o máximo anterior no campeonato.

No total, Jonas está envolvido em 42 golos já esta temporada, somando os 36 remates certeiros às seis assistências em todas as competições. Face às decisões e à influência que possui na equipa de Rui Vitória terá várias oportunidades para estender o registo.

Os elogios já são repetidos, mas falar do Benfica é falar de Jonas.

Falar da Liga é também falar muito dele.

E está longe de ser falar só de golos, e assistências.

Aos 34 anos, faz parte de uma dinâmica, gerada por Pizzi e Krovinovic, e depois Zivkovic, e por um posicionamento mais interior de Grimaldo, numa alta rotação que também envolve Cervi. A isto soma-se a classe de Jonas. Porque falar de Jonas é, sobretudo, falar de classe.

P.S. Falar da Liga é também sublinhar a excelente vitória do Sp. Braga frente ao Sporting. No tal caminho da consolidação de que falava Abel antes da partida estaria certamente começar a vencer aos grandes. Significava subir de patamar, garantir outro estatuto. Uma excelente segunda parte garantiu-o, com os minhotos a sentirem agora o cheiro da presa, a apenas um ponto de distância. Um plantel equilibrado, cheio de jogadores de boa qualidade, e um treinador rigoroso e com excelente capacidade de comunicação, garantem um projecto ainda mais ambicioso para o curto prazo. Uma investida cirúrgica ao próximo mercado pode garantir esse extra de que a equipa ainda carece, e o atacar ainda mais forte na próxima época. Brilhante temporada até hoje, como já escrevi antes.