Ponto prévio: o calendário tem sido afável. O Shakhtar Donetsk foi até agora o adversário mais complexo que o FC Porto encontrou pelo caminho.
 
Na época em que foi campeão europeu, sob a orientação de José Mourinho, já tinha encontrado por esta altura o Real Madrid e o Manchester United, por exemplo.
 
Tudo isso é verdade, e sobre isso estamos conversados.
 
Feita esta observação, é obrigatório fazer também uma vénia a este FC Porto: tem sido mais do que apenas extremamente competente.
 
Por isso, e ao fim de oito jogos, já fez mais golos do que em toda a campanha que o conduziu ao título europeu: com Mourinho, e ao fim de treze jogos, marcou vinte golos, esta época já leva vinte e um.
 
Tem sido, no fundo, uma equipa sem falhas e sem hesitações. Desde a pré-eliminatória da Champions, que a face mais favorável deste FC Porto se vê na Europa: num futebol autoritário e dinâmico, dedicado e vigoroso. Num futebol sem lamentações.
 
O que nem sempre acontece na Liga, aliás.
 
Na Champions, porém, este FC Porto tem-se mostrado em todo o seu esplendor. Por isso, e nesta altura, só o Chelsea, de Mourinho, curiosamente, permanece também sem derrotas.
 
O que é revelador. E notável, já agora.