Dificilmente o FC Porto podia pedir um aquecimento melhor para o clássico: uma vitória, números gordos, três passos em direção à final e sorrisos rasgados.

Depois de três jogos sem ganhar, a formação de Sérgio Conceição soma agora também três triunfos consecutivos, dois deles autoritários, o último sobre um rival direto e num jogo em que mais golo ou menos golo pode de facto fazer a diferença.

É verdade que a exibição não foi perfeita. O primeiro golo, por exemplo, só surgiu na sequência de uma asneira de Marafona e numa altura em que o nulo ameaçava tornar-se um problema. Um bocadinho depois disso, aliás, a equipa voltou a ser bafejada pela sorte naquela defesa impossível de Fabiano a remate de Dyego Sousa.

Tudo isso é verdade, mas conta pouco, quando no fim o FC Porto vence por três golos.

Vale a pena sublinhar, de resto, que Brahimi voltou a jogar e fez um golaço, Tiquinho voltou a jogar e fez um golo, Danilo voltou a jogar, Marega esteve a aquecer e, segundo Conceição, sentiu-se bem. Até Militão voltou ao banco e, pelo menos para já, não fez falta.

Os astros parecem enfim estar a alinhar-se no Dragão.

Ora numa altura em que o Benfica está exuberante, recuperando pontos, trepando na classificação, somando vitórias, golos e goleadas, numa clara curva ascendente, era o importante o FC Porto dar esta resposta. Pelo menos depois desta terça-feira, a equipa ganhou o direito a fazer peito. Ganhou direito a ser autoritária e confiante.

Ganhou direito a ser ela.

O FC Porto respira bem na sua pele. Vejam como ele respira bem.