Duas ou três horas bastaram para as redes sociais se encherem de críticas ao parecer técnico da DGS que eu não entendo. Aquele documento, para mim, faz sentido.

Não entendo, sequer, as reações de Danilo, Zé Luís e Soares. Não vejo ali nada, aliás, que vá mais longe do que a responsabilização dos intervenientes num jogo de futebol. De todos os intervenientes. O código de conduta é só uma forma de escrever essa responsabilização num papel, e lembrar às pessoas que o sucesso do regresso do futebol depende do compromisso de todos.

Qual é o problema de assumir o risco de infeção? Qual é o problema do recolhimento obrigatório? Qual é o problema de aceitar as consequências clínicas da doença e o risco para a Saúde Pública?

Todos nós sabemos que o regresso do futebol não seria fácil, nem simples. Ia exigir esforço, ia trazer ameaças e ia transportar constrangimentos. Mas não é impossível. Com dedicação, cuidado e responsabilidade, o futebol pode voltar: que é afinal de contas o que todos nós desejamos.

De resto, se todo o país está a regressar aos poucos à normalidade, porque não deve o futebol de fazê-lo? O futebol que, convém sublinhá-lo, vai estar sob medidas de proteção que nenhum profissional, de nenhuma outra atividade, poderá alguma vez ambicionar.