O segundo golo do Sp. Braga na Vila das Aves define uma equipa.

Sempre ao primeiro ou segundo toque, seis jogadores trocam a bola desde a defesa até ao ataque, num total de oito toques, para percorrer todo o campo e permitir a Paulinho encostar à boca da baliza para golo.

É uma jogada extraordinária, que apresenta o trabalho feito nos treinos.

Este Sp. Braga nem sempre joga bem, é verdade, por vezes parece até algo rudimentar nos processos, mas é uma equipa sólida. Este sábado, por exemplo, teve um domínio avassalador que os números certificam de forma cristalina: o dobro da posse de bola, quase o dobro de remates, o dobro dos passes, o dobro dos cruzamentos e mais do dobro de passes certos. Foi a única equipa a criar boas oportunidades de golo e foi a única a acertar nos ferros.

Chegou à segunda metade do campeonato a lutar pelo título e promete ficar nesta luta até ao fim. Se não o fizer, há uma coisa que é segura: vai pelo menos batalhar por um lugar na próxima Liga dos Campeões.

Ou seja, a formação bracarense está a crescer consistentemente ao longo dos últimos anos. O que é absolutamente natural. O clube está mais competente, tem uma academia de formação melhor, tem instalações mais qualificadas, cede mais jogadores às seleções jovens, soma mais poder financeiro e tudo isso reflete-se dentro de campo.

Em golos, vitórias e classificações com esta: tão admiráveis quanto equilibradas.