O Sporting já não consegue esconder que está numa curva descendente. Pela terceira vez seguida, ganhou com dificuldades: depois de golos de penálti que valeram triunfos pela margem mínima sobre Farense e Belenenses, a formação leonina bateu o Sp. Braga com alguma fortuna.

Por isso vale a pena voltar atrás para dizer que o Sporting está em curva descendente, sim, mas mesmo assim a ganhar os seus jogos. E isto é que é realmente importante.

É fundamental para o líder do campeonato ultrapassar esta fase de menos fulgor sem perder pontos para os rivais. Mais do que fundamental, aliás, é vital: tem que sobreviver ao mês de janeiro.

Depois, a partir de fevereiro, o Sporting entra numa fase de teórica vantagem: FC Porto, Benfica e Sp. Braga têm as competições europeias a sobrelotar-lhes o calendário, ficam com menos tempo para preparar os jogos e apresentam índices maiores de fadiga física e mental.

O Sporting, por outro lado, estará em casa, a descansar e a preparar bem o próximo jogo do campeonato. O que é uma vantagem óbvia e que pode ser decisiva.

Pode ganhar confiança e fulgor para o último terço da temporada.

Parece óbvio para todos que o Sporting está um degrau abaixo de Benfica e FC Porto em qualidade e quantidade de soluções. Mesmo na liderança do campeonato, a equipa continua a não ser favorita.

O tempo, no entanto, até pode virar estas contas, se os astros se alinharem para esse lado.

Este mês de janeiro é por isso capital... a equipa tem, nesse sentido, de continuar a aproveitar as oportunidades que o universo lhe dá para, mesmo sem jogar bem, sobreviver no limite do razoável.

E quem sabe se, em abril, não teremos um candidato inesperado...