O Vitória de Guimarães melhorou muito desde que deixou de ter dinheiro.

A frase pode parecer estranha, mas creio que corresponde à realidade.

Por ter sido obrigado a enfrentar dificuldades económicas, o Vitória de Guimarães virou-se para dentro e encontrou nas escolas e no trabalho com os mais novos a solução.

Mais do que a solução, uma identidade.

O que o clube está a demonstrar é que se pode construir boas equipas a partir de futebolistas jovens, desde que exista estabilidade, apoio, coerência e um bom treinador.

Em Guimarães tem havido tudo isto.

Rui Vitória, com experiência enterior nas camadas jovens, tem o perfil certo.

A direção tem demonstrado capacidade para enfrentar os problemas e a cidade lá continua, a dizer «presente».

Como sabemos, isto tem sido feito sempre em cima de caras novas. Os melhores evidenciam-se e saem dali para outros emblemas, maiores. Mesmo assim a equipa renova-se, cresce. De tal forma que esta parece mais prometedora do que aquela que derrotou o Benfica no Jamor. Pode ser que não ganhe nada, mas é entusiasmante ver competir jogadores como  João Afonso, Saré, Mensah e Hernâni.

Confesso que no meio de tudo o que de bom se passa em Guimarães só continuo sem perceber a violência. No sábado tivemos mais um caso, por sinal grave.

Não percebo que raiva leva um adepto (?) a esfaquear outro. E também não percebo como podem as autoridades ser incapazes ao ponto de não conseguir resolver uma questão que é pública, notória e se arrasta há anos. Quando deixarão os adversários de ter medo ao visitar Guimarães?

Se tiver mais uns minutos, leia a história exemplar de Hernâni