O caso de Cristiano Ronaldo com Kathryn Mayorga está longe de terminar, mas a defesa do jogador conseguiu uma vitória ao impedir que a queixosa utilizasse alguns documentos contra Ronaldo. 

Num despacho de nove páginas com data desta terça-feira do Tribunal de Nevada a a que a TVI teve acesso, o juiz norte americano aceitou travar o uso desses documentos como prova contra o internacional português. 

Mayorga terá usado, numa das alegações, conteúdo de correspondência confidencial entre Ronaldo e os advogados, que o jogador alega terem sido obtidos através de um ataque informático. Recorde-se de que a modelo está a tentar invalidar o acordo de confidencialidade que fez com Ronaldo, após o episódio sexual, em Las Vegas. O tribunal diz que o acordo não é nulo. 

As partes têm agora 14 dias para se pronunciarem sobre esta decisão. Recorde-se de que a validade, ou não, para os processos-crime de provas obtidas de forma ilícita, por hackers que acedem aos sistemas informáticos, está na ordem do dia e a levantar polémica no nosso país - uma vez que foi dessa forma, pela mão do pirata Rui Pinto - que surgiram na praça pública os documentos que alegadamente incriminam Isabel dos Santos e que deram origem ao escândalo Luanda Leaks.

No caso de Ronaldo, nos Estados Unidos, tal como já acontecera em Portugal, por exemplo no caso dos e-mails do Benfica, que sugeriam práticas de corrupção desportiva, as informações foram consideradas inválidas para processos-crime por terem sido obtidas de forma proibida.