O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou esta sexta-feira que o confinamento geral deverá voltar a ser imposto em Portugal, tal como aconteceu em abril de 2020.

O Governo comunicou, de urgência, aos parceiros sociais, o regresso de medidas mais restritivas, no âmbito da pandemia de covid-19. Em causa está também o «possível» encerramento da restauração e comércio.

«Não entrámos em detalhe sobre o tipo de restrições, mas acho que aquilo que devemos ponderar como plausível é o quadro que vigorou durante o mês de abril, ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio», afirmou o ministro.

O governante recordou ainda que são situações em que o Governo manteve a indústria e a construção civil a funcionar, tal como todo o retalho alimentar, mas manteve o pequeno comércio não-alimentar encerrado.

Desta forma, Siza Vieira avançou que o Governo está a ponderar a hipótese de «medidas mais restritivas da mobilidade da população», com vista a travar a evolução da pandemia nos últimos dias. «Esta é uma situação de preocupação», considerou Siza Vieira.

O ministro justifica esta opção com o aumento do número de casos diários e a tensão que a pandemia está a exercer sob o Serviço Nacional de Saúde.

«Parece-nos evidente a necessidade de encontrarmos um modelo de contenção maior da mobilidade dos portugueses e, com isso, da probabilidade de contactos e de redução de contágios. Neste momento, por isso, parece ao Governo que a simples manutenção das medidas que estão em vigor não será suficiente para assegurar a contenção do ritmo de crescimento de novos casos que temos pela frente», afirmou ainda Siza Vieira.