Paco Soler, treinador do Beira Mar, atribuiu à grande penalidade assinalada a favor da Naval, no seu entender inexistente, o momento do jogo, que ditou a derrota da sua equipa (1-3):
«Penso que a primeira parte foi equilibrada, faltou talvez um pouco de frescura, devido ao jogo para a Taça, mas penso que conseguimos superar isso logo no início da segunda parte, em que estivemos bem. O jogo a meio da semana não é a única explicação. Houve coisas que fizeram com que a nossa equipa se apresentasse desequilibrada e sem segurança. O campo estava pesado e o adversário soube tirar partido disso, porque tem avançados muito rápidos. Até ao segundo golo deles, de penalty, estava tudo muito equilibrado. Como vi essa jogada? Para mim foi o momento do jogo. Penso que só o árbitro é que não teve dúvidas, todo o estádio as teve. Desde que aqui cheguei têm havido muitas coincidências e eu sinto-me impotente perante elas. Nada posso fazer.»
Mariano Barreto, treinador da Naval 1º de Maio, considera que a sua equipa mereceu a vitória conquistada em Aveiro:
«Este jogo veio na sequência daquilo que já tínhamos feito com o Belenenses, com uma diferença: não sofremos golos estranhos. Com a mesma qualidade de jogo e sem erros infantis, as vitórias aparecem naturalmente. A Naval mereceu este resultado, que nos ajuda a aproximar do nosso objectivo. Estamos com 27 pontos, em princípio com 29 chegamos lá e é nesse caminho que iremos continuar. Psicologicamente, também foi importante, porque vínhamos de uma série de resultados nada condizentes com o valor desta equipa. O penaly? Não sei¿ estava nessa altura a pensar no golo do Beira Mar, que eles marcaram sem ter feito nada até então para o merecerem. Sem tirar o mérito da execução, em circunstâncias normais, aquilo não acontece.»