Os trunfos de um são a fraqueza do outro. É essa a conclusão que se tira, depois de analisada a forma como Sp. Braga e F.C. Porto chegam aos golos (e também como os sofrem). As bolas paradas são um triunfo «arsenalistas» e o tendão de Aquiles dos «dragões», que se redimem de bola corrida.
A equipa de Vítor Pereira já sofreu treze golos na sequência de lances de bola parada, sendo que cinco dos quais resultaram de livres indiretos (um de livre direto, três de canto, três de penalties e um de lançamento lateral). A formação orientada por Leonardo Jardim tem só oito tentos sofridos de bola parada, quatro dos quais de canto (três penalties e um lançamento lateral).
A supremacia bracarense nas bolas paradas estende-se ao ataque, com vinte e três golos marcados dessa forma, contra apenas quinze do adversário deste sábado. Em toda a Liga não há quem marque mais de cabeça do que o Sp. Braga (treze tentos).
Olhando para os golos marcados de bola corrida, verifique-se o inverso: foi assim que o F.C. Porto conseguiu 41 dos 56 tentos (73 por cento), e o Sp. Braga conseguiu 31 dos 54 (57 por cento). Em termos defensivos a equipa de Vítor Pereira só sofreu quatro tentos de bola corrida (24 por cento), contra catorze da formação de Leonardo Jardim (64 por cento). Nove dos quais pelo lado esquerdo da defensiva, normalmente entregue a Elderson.
Golos ficam para o fim
Analisando a autoria dos golos, por setores, reparamos que no Sp. Braga festejam sobretudo os pontas de lança, e menos os extremos. Lima (19), Nuno Gomes (5) e Carlão (1) marcaram 46 por cento dos (54) tentos. No F.C. Porto marcam mais os extremos do que os pontas de lança: James (12), Hulk (9), Varela (3) e Rodríguez (1) somam 25 tentos, contra apenas onze de Kléber (6), Janko (3) e Walter (2).
Sp. Braga e F.C. Porto aproximam-se mais no «timing» para marcar golos: normalmente fica para o fim. Tanto os «arsenalistas» como os «dragões» festejaram 52 por cento dos tentos na última meia hora.
No que diz respeito à equipa de Leonardo Jardim é uma tendência que se aplica também aos golos sofridos, já que consentiram 55 por cento dos tentos no mesmo período.