Sp. Braga-Sporting: Jesualdo rende, Jardim potencia

O Sp. Braga recebe o Sporting no encontro mais aguardado da sexta jornada da Liga. Jesualdo e Leonardo Jardim invertem papéis, num reencontro com enorme peso simbólico. Na pré-época, venceram os arsenalistas (0-1). Agora é a doer.

Leonardo Jardim orientou o Sp. Braga em 2011/12 e Jesualdo Ferreira terminou a época passada no banco do Sporting. O Maisfutebol analisa o trabalho dos dois treinadores neste percurso inverso. O que ficou, o que mudou?

Jesualdo e Jardim: primeiro duelo no percurso inverso

Bruma e Ilori deram milhões aos leões

Jesualdo assumiu o comando técnico do Sporting a 7 de janeiro de 2013. Não conseguiu inverter consideravelmente o rumo, com os leões a resignarem-se perante a pior época futebolística da sua história.

Para além das unidades que continuam no clube e têm presença assídua no onze, o Sporting deve considerar a importância de Jesualdo em dois negócios que renderam milhões ao clube.

O polémico Bruma não tinha jogado antes da chegada de Jesualdo Ferreira ao comando técnico. Tiago Ilori, por seu turno, somara apenas sete minutos frente ao Genk.

Com o treinador português, Ilori e Bruma chegaram ao onze leonino e aumentaram o interesse de outros clubes. Nos 17 jogos com Jesualdo, o central foi titular em 11. Bruma em 10, para além de 2 encontros como suplente utilizado.

No final da época, o Liverpool pagou 7,5 milhões de euros por Tiago Ilori, o Galatasaray desembolsou 10 por Bruma. Wolfswinkel saiu para o Norwich mas, neste caso, o seu estatuto já estava consolidado.

Jardim reinventa o leão

Jesualdo utilizou maioritariamente o seguinte onze: Rui Patrício; Miguel Lopes, Ilori, Rojo e Joaozinho; Rinaudo e Adrien; Bruma, Labyad e Capel; Wolfswinkel.

No final da temporada, Bruno de Carvalho decidiu apostar em Leonardo Jardim e o madeirense começou a reinventar a formação leonina. Entre transferências, afastamentos forçados e estatutos reforços, quase tudo mudou no leão.

Até agora, este é o onze mais utilizado por Jardim: Rui Patrício; Cedric, Maurício, Rojo e Jefferson; William Carvalho e Adrien; Carrillo, André Martins e Wilson Eduardo; Fredy Montero.

Patrício, Rojo e Adrien conservam as posições. Cedric, André Martins e Carrillo têm jogado mais, ao contrário de Capel e sobretudo Rinaudo. Labyad foi afastado. Os restantes saíram.

Se Jesualdo Ferreira contribuiu de forma significativa para o crescimento de Ilori e Bruma, Leonardo Jardim responde com William Carvalho.

Resta Alan no onze arsenalista

O exercício inverso é igualmente válido, embora surja uma época pelo meio a esbater as semelhanças. Jardim orientou o Sp. Braga em 2011/12, José Peseiro foi o seu sucessor e Jesualdo assumiu o desafio neste verão.

No legado de Leonardo Jardim, a formação arsenalista apresentou o seguinte onze base: Quim; Salino, Ewerton, Douglão e Elderson: Custódio e Hugo Viana; Alan, Mossoró e Hélder Barbosa; Lima.

O técnico madeirense resistiu a uma onda de lesões na defesa, trabalhando o reforço Ewerton e potenciando Lima, que chegara na época anterior. O central saiu para o Anzhi por 4,5 milhões de euros mas o Sp. Braga recebeu apenas 600 mil (maioria para Corinthians Alagoano e BMG).

Lima, com 26 golos no registo (marcara 14 em 2010/11), transfere-se para o Benfica a troco de quatro milhões de euros.

O Sp. Braga de Jesualdo tem apostado no seguinte onze: Eduardo; Tomás Dabo, Aderlan Santos, Nuno André Coelho e Joãozinho; Mauro e Luiz Carlos; Alan, Ruben Micael e Felipe Pardo; Edinho.

Nuno André Coelho e Paulo Vinícius estavam no clube com Leonardo Jardim mas deixaram-se levar pela onda de lesões. Custódio continua no Sp. Braga, nesta altura tapado por Maurco. Sobra o incontornável Alan.