O treinador do Sp. Braga, Carlos Carvalhal, em declarações no final da vitória frente ao Arouca (6-0), em jogo da 16.ª jornada da Liga:

[Fechar o ano com goleada] «Na palestra fiz um resumo do que fizemos em 2021, um ano memorável para o Sp. Braga. Disputámos três finais e vencemos uma Taça de Portugal, o troféu mais importante do clube juntamente com as de 2016 e 1966. E isto no ano do centenário. O clube criou mais-valias importantes com a venda de jogadores, o que é importante para a sua sustentabilidade. Uma das coisas que me foi pedida pelo presidente foi que olhasse para a formação, até pelo investimento grande que foi feito. A face mais visível dessa aposta foi hoje, mas isto não é de hoje. No ano passado, num contexto muito difícil, a lutar em todas as frentes, o plantel era mais sénior e o espaço para os jovens não foi tão aberto. Mas mesmo assim consolidámos o Moura, que se veio a lesionar, o Bruno Rodrigues jogou várias vezes e o Vitinha também jogou no ano passado. Chegámos ao final da época com sete estreias. Este ano, desde o início que olhamos para a formação até pelo plantel que temos, estruturado no sentido de abrir janelas de oportunidade aos miúdos. Têm aparecido mais miúdos a jogar, uns que têm treinado connosco, outros por necessidade, pelas ausências, mas são jogadores que temos debaixo de olho. Temos o exemplo do Falé, de 17 anos, que colheu vantagem por a equipa sub-23 jogar num sistema muito idêntico ao nosso. Na ausência do Ricardo Horta, não tivemos dúvidas e fez um jogo muitíssimo bom. O ano de 2021 foi memorável, teria de terminar assim. Vamos tentar fazer um bom ano em 2022, fazer crescer os miúdos e a equipa.

[Vitinha] Tem feito o seu trabalho. Conquistou o seu espaço naturalmente. É um jogador de elevada capacidade de trabalho, excelente finalizador e bastante robusto. É diferente dos outros dois avançados que temos. Abre muito espaço entre linhas para os nossos jogadores poderes usufruir. O Ricardo Horta tem aproveitado isso muito bem. Estamos satisfeitos com ele.

[Mercado] Perguntaram-me sobre a possibilidade de reforçar a equipa. Disse que ia falar com a administração, porque havia a questão do lateral esquerdo, onde não temos ninguém de raiz. Antes de procurar fora, disse que íamos olhar para dentro e ver a evolução do Buta, que esteve parado e ainda não está a 100 por cento. De resto, temos uma clara aposta na formação, um desígnio do clube desde que chegámos e que este ano ganhou maior relevância. Somos competitivos, jogamos para ganhar, mas estamos a preparar o presente e o futuro do clube.»