Artur Jorge foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira como novo treinador do Sporting de Braga para os próximos dois anos e não esqueceu a primeira passagem pela equipa principal, em 2019/20, onde assumiu o comando técnico após a saída de Custódio.

O treinador de 50 anos, que sucede a Carlos Carvalhal, assumiu que está de regresso à «cadeira de sonho», mas vincou que o passo dado atrás nestas últimas épocas serviu para mostrar competência e merecer a oportunidade que agora recebe.

«Estou aqui de coração completamente cheio. Ao presidente e toda a administração, muito obrigado pela oportunidade, estou extremamente grato pelo desafio que me propõem», começou por dizer em conferência de imprensa no Estádio Municipal de Braga.

«Chego aqui por convicção, não por ilusão, não por ser o mais fácil, mas sim por mérito. Tenho a certeza e a consciência de que estou cá pela competência demonstrada ao longos destes anos, por acreditar sempre que este dia ia chegar e no mérito daquilo que fui fazendo, ao longo deste percurso, internamente. O meu percurso tem sido feito, por opção, por lealdade ao Sp. Braga e com muita paciência, trabalho, dedicação e valores de ganhar, chego hoje ao topo. Aqui quero continuar a ganhar e teremos um plano, a energia, a mentalidade ganhadora e implacável para podermos ter sucesso», acrescentou.

Parte desse plano será a aposta na formação. «A formação é um projeto de continuidade. Vamos procurar consolidar apostas que foram conseguidas no ano passado. Apostar nos que podem ser uma mais-valia e acrescentar qualidade e valor à equipa, para serem apostas imediatas e criar ativos desportivos e financeiros. O Sp. Braga tem uma academia de excelência, com jovens de muito talento.»

Artur Jorge admitiu que não espera ser «um treinador consensual», mas quer ser «o treinador de todos os adeptos» e que acrescente «valor».

«Hoje, sinto que esta cadeira é minha, sinto-me dono dela. Há dois anos, o presidente lançou-me um desafio, mas também sabia que aquilo que fiz não seria uma garantia para continuar. Daí a paciência para voltar atrás e esperar pela minha oportunidade», destacou.

O técnico disse ainda que recebeu a garantia do presidente António Salvador «no elevador» de que Ricardo Horta fará parte do plantel para 2022/23. «Os jogadores que temos no plantel são os mesmos do ano passado. O Ricardo Horta é jogador do Sp. Braga», frisou.

Salvador enalteceu o trabalho de Artur Jorge nas camadas jovens e acredita que o técnico pode prolongar o contrato além de 2024.

«Esperemos que vá além destes dois anos, o Artur Jorge é um treinador e um homem da casa. Desempenhou um trabalho como treinador que demonstrou a competência que tem para assumir hoje os destinos da equipa principal do seu clube. Representa os valores deste clube: vontade de ganhar, liderança e capacidade de unir», disse, no início da apresentação.

O dirigente destacou que o novo técnico dos minhotos conseguiu alcançar o terceiro lugar na primeira passagem pela equipa principal. «Continuaste a mostrar a competência que tens e a partir de hoje estás na cadeira que sempre sonhaste.»

«Nunca há treinadores consensuais. A minha convicção é que o Artur Jorge é o treinador de todos e para todos e é com ele que vamos continuar a ganhar. É o treinador escolhido por convicção, competência, pelo que mostrou como treinador na formação e pelo que mostrou naquela reta final em que foi preciso vir à equipa principal e ficamos no terceiro lugar», notou.

No final da apresentação, foram chamados a palco os adjuntos de Artur Jorge: Franclim Carvalho (ex-Belenenses), João Cardoso, André Cunha, Tiago Lopes, Eduardo Carvalho (treinador de guarda-redes) e Orlando Silva (treinador de guarda-redes).