O treinador Carlos Carvalhal disse este sábado que o Sp. Braga vai jogar «olhos nos olhos'» para tentar vencer na receção ao Benfica, no domingo, em jogo da 24.ª jornada da I Liga.

«Queremos continuar no mesmo tom, a impor o nosso jogo, sabendo que o adversário também vai querer fazer o mesmo. Vai ser uma luta de forças grande, porque o adversário é valoroso, mas [vamos a jogo] olhos nos olhos, com 100 por cento de ambição e um respeito enorme pelo Benfica, pelos seus jogadores, treinador e instituição, que é muito grande», afirmou o técnico na antevisão da partida à televisão do clube.

Esta época, os arsenalistas já venceram por duas vezes as águias, na primeira volta do campeonato, na Luz (3-2), e na meia-final da Taça da Liga, disputada em Leiria (2-1), mas o técnico frisou que, «no futebol, o passado vale zero, é para os museus».

«Cada jogo depende da atitude dos jogadores e do seu comportamento coletivo e individual, da concentração, dos níveis de controle emocional. Vencer um jogo depende de muita coisa, que diz respeito apenas e só a esse jogo e não com o que está para trás. O grau de confiança, se calhar, é mais alto que o normal, porque todos acreditamos que, vencendo, podemos vencer novamente, mas amanhã [domingo], quando começar o jogo, isso vale zero», disse.

O treinador perspetiva «um grande jogo de futebol, muito emotivo e bem jogado», com ambas as equipas a quererem vencer.

«São duas equipas boas, muito bem organizadas, com uma ideia de jogo muito bem definida. Estamos com muita vontade de ir a jogo, de competir e de vencer, sabendo que vamos defrontar um dos adversários mais difíceis desta competição e que tem vindo numa curva ascendente», disse.

Carlos Carvalhal realçou que o Sporting de Braga está «muito confiante» e que é uma equipa que «não se desvia um milímetro em função dos adversários».

«Não nos adaptamos a eles, procuramos fazer o nosso jogo e que a nossa matriz tenha mais capacidade que a dos adversários. Neste jogo, o adversário pode obrigar-nos aqui e ali a jogar um futebol diferente, mas preparámo-nos bem para o jogo, sabemos o que o Benfica pode fazer e o Benfica também sabe o que nós vamos fazer», disse.

O treinador destacou a «veia goleadora muito assinalável» do Sporting de Braga, também alcançada diante de grandes equipas.

«Temos feito golos a equipa boas, fizemos três ao Leicester [na Liga Europa], três ao FC Porto e ao Benfica, temos tido arte de desmontar os adversários, e de mais-valia significativa como são estes, para conseguir fazer golos», frisou.

O treinador lembrou que, por causa das várias lesões, sobretudo traumáticas, teve já que chamar vários jogadores das equipas B e sub-23 dos minhotos, mas, apesar disso, «a equipa manteve a sua matriz».

«Estaríamos mais fortes com todo o plantel à disposição, mas as ausências não têm sido tão notadas, porque a equipa tem uma identidade de jogo bem marcada e temos sido competitivos. Mas, não quer dizer que tenhamos vivido nos últimos dois, três meses num mar de rosas, bem pelo contrário, a luta tem sido imensa todas as semanas para cada jogo e os jogadores têm sido estóicos», disse.