Depois de assegurado o terceiro lugar na Liga, que dá acesso 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o objetivo do Sp. Braga para o jogo com o já despromovido Paços de Ferreira, que encerra a Liga, passa por bater o recorde de pontos do clube, de vitórias e de golos do clube.

«O objetivo está alcançado, mas espero que possamos ser uma equipa com os mesmos princípios de sempre, com ambição determinação e seriedade para poder ganhar o jogo», disse Artur Jorge, treinador dos minhotos, na antevisão ao encontro da 34.ª jornada da Liga.

O Sp. Braga tem nesta altura os mesmos pontos (75), as mesmas vitórias (24) e menos dois golos (72 para 74) do que o registo de 2017/18 sob o comando de Abel Ferreira, época que os arsenalistas concluíram no quarto posto. «Se isso [estabelecer um registo histórico] não é suficiente para que possamos ter a ambição de ganhar o jogo, estamos no sítio errado ou estamos a vestir a camisola errada», apontou.

Artur Jorge fez ainda uma espécie de balanço de uma época que ainda terá a final da Taça de Portugal, com o FC Porto no Jamor, como um dos pontos altos. Vincou que a nível interno sempre esteve definido o objetivo de acabar a época no top-3 e destacou a regularidade mantida ao longo dos meses. «Fomos conseguindo fazer, mais do que falar. Desde a terceira jornada que não saímos mais do pódio, alternando entre o segundo e o terceiro lugares, o que demonstra a consistência da equipa. Tivemos de trabalhar muito nesta época e estamos nesta posição em função da consistência e de termos ganho jogos porque sinto que tiraram alguma justiça a este lugar olhando para outros rivais», disse.

Esta foi a primeira temporada iniciada por Artur Jorge no comando de uma equipa da Liga. O treinador de 51 anos admitiu que hoje é olhado de outra maneira pelo que conseguiu alcançar durante a época. «Quero acreditar que sim, tenho que aceitar a crítica e que perdoar aos que não acreditavam porque seguramente que, ao dia de hoje, se tiverem algum sentido de justiça, têm que mudar de opinião porque o que fizemos este ano foi muito bom e com mérito. Eu nunca duvidei do que era capaz de fazer, de poder chegar onde chegámos, mas sem este grupo de jogadores isso seria muito mais difícil. Este é um trabalho de conjunto e em função da empatia entre todos nós», observou.

Para o jogo deste sábado às 20h30, o treinador do Sp. Braga admitiu colocar de início jogadores menos utilizados. Borja, lesionado, é o único indisponível, enquanto Tormena, Al Musrati e Castro já estão recuperados, faltando saber se serão opção ou se a ideia de Artur Jorge passa por preservá-los para a final da Taça de Portugal.