Sem que lhe fosse colocada qualquer questão, Jorge Simão abordou este domingo, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Tondela, as recentes controvérsias no balneário bracarense, nomeadamente a passagem de André Pinto, um dos capitães, para a equipa B.

O técnico começou por fazer uma declaração. «A atualidade do clube está focada num assunto. Em relação a isso, quer as minhas declarações depois do jogo com o Marítimo, quer o assunto de hoje que foi focado por toda a imprensa, são assuntos que estão tratados e resolvidos. O que eu disse foi um reforçar da minha filosofia, foram declarações ponderadas, independentemente do resultado. O assunto do dia foca-se num jogador que, na minha opinião, foi uma decisão técnica, ponderada e que, acima de tudo, defende os interesses da equipa. Não tenho mais nada a dizer, é um ponto final», referiu.

Jorge Simão foi depois confrontado com as declarações elogiosas que fez a André Pinto aquando da sua chegada à Pedreira, rotulando o central como «grande capitão». «Assumo isso, naquele contexto, porque disse o que pensava. Mas, fui contratado para construir uma equipa que personifique os Guerreiros do Minho e tenho de tomar decisões, umas mais populares outras menos, têm um objetivo de uma identidade forte», sublinhou o treinador.

Para além e André Pinto, também Bakic já tinha sido preterido e o médio Vukcevic fica fora dos eleitos, mesmo estando clinicamente apto. «Não vou discutir aqui as coisas que se passam no seio da equipa, não vou discutir o nosso dia-a-dia. É um jogador do plantel, mas uma decisão técnica fez com que ele não fosse a jogo», disse o treinador em relação a Vukcevic.

Questionado se estas questões são irrevogáveis, Jorge Simão foi taxativo ao dizer que não conta com os jogadores, pelo menos para já: «Bakic é uma situação diferente e anterior, o André Pinto é recente. Neste momento não conto com o Bakic, mas é algo que poderá mudar no futuro. Em relação ao André Pinto não conto mais com ele e tem de resolver a sua situação contratual com o clube. É uma decisão irrevogável».

Rematando este assunto, o treinador diz estar a defender as suas convicções. «A minha ideia diz-me que temos de dar o máximo a toda a hora, a qualquer momento as coisas podem mudar. E em equipa que ganha também se mexe. A mudança é dura, às vezes, mas tem de acontecer», concluiu.