Numa entrevista à TVI, Patrícia Morais, guarda-redes do Sp. Braga e da Seleção Nacional, abriu o coração sobre o seu lado mais pessoal e confessou, por exemplo, que gostava de ser mãe.
«Já realizei muitos sonhos a nível profissional, sem dúvida que gostava de ser mãe», afirmou a jogadora de 31 anos.
A guardiã falou sobre a relação que tem com a família, principalmente com a mãe, e falou sobre a namorada.
«Sim, graças a Deus estou muito feliz, é uma pessoa que me acompanha nos bons e nos maus momentos, tenho vivido momentos muito bons com ela, foi das melhores coisas que me aconteceu até hoje, estou muito grata por isso. E sim, sem dúvida, abri o coração, expliquei à minha mãe e ela só me disse que o importante era eu ser feliz, e sou», revelou, ela que recordou ainda o divórcio dos pais na infância.
«Dou graças a Deus de ter a família que tenho. Se sou a pessoa que sou hoje devo muito à minha mãe, ao meu irmão e à minha avó, que estiveram sempre do meu lado, sempre me apoiaram nos bons e nos maus momentos. Foram eles que cuidaram de mim. Inicialmente na minha infância não foi fácil, era uma menina muito revoltada e criei uma capa para me proteger. Às vezes as pessoas perguntavam porque é que eu era tão rude e antipática. Quem me conhece sabe a pessoa que sou: extrovertida, engraçada, gosto de estar sempre na palhaçada. Claro que tenho os meus momentos. Em campo sou uma pessoa diferente. Não posso culpar o facto de não ter conhecido o meu pai porque realmente tive amor, tive tudo o que precisei, da minha mãe, da minha avó e do meu irmão.»
Patrícia Morais lamentou ainda o que aconteceu seleção espanhola, com o caso Rubiales, e reconheceu que é uma jogadora intensa em campo.
«Antes de mais, não o permitia. Foi um momento infeliz, o futebol merece respeito, principalmente o futebol feminino. As pessoas têm de olhar para nós com outra visão, porque ao fim ao cabo a Espanha conseguiu uma coisa tão bonita e acabou por ficar marcado por uma infelicidade», disse.
«No balneário chamam-me chata, mas eu continuo. Tenho noção que o facto de viver o futebol intensamente faz com que eu tenha muita adrenalina e esteja em constante comunicação com a minha equipa. Elas já estão habituadas, são muitos anos. Não levam a mal. Tenho de ter em conta porque nem todas as jogadoras reagem da mesma forma, mas quem vive o futebol, tem de o viver intensamente», concluiu.