Carlos Carvalhal garante que o Sp. Braga está em alerta para o jogo deste sábado com o Trofense, relativo à terceira eliminatória da Taça de Portugal. Apesar do adversário jogar dois escalões abaixo, o treinador dos minhotos diz que a sua equipa terá que fazer um «jogo muito sério» para seguir em frente na prova rainha. O treinador destacou ainda a recuperação de Ricardo Horta e lamentou a lesão grave de Francisco Moura que, depois dos dois golos ao Benfica, pode ter comprometido o resto da temporada.

«Os jogos da Taça nunca são fáceis. O Trofense é uma equipa boa, uma equipa que tem ganho no seu campeonato [lidera a Série C do Campeonato de Portugal]. Ainda hoje o André Leão disse que está lá desde janeiro e que ainda não perdeu nenhum jogo. Temos um respeito muito grande pelo Trofense, preparámos bem o jogo, vamos na máxima força e não vamos facilitar absolutamente nada. Temos o intuito de passar à fase seguinte e queremos fazer um jogo muito sério», afirmou o treinador, em declarações à televisão do clube.

Sobre os objetivos dos bracarenses na competição, o técnico frisou apenas que o Sp. Braga «entra em todos os jogos para vencer» e «jogo a jogo» tentará «superar os obstáculos». «Tenho de ser coerente. Tenho dito desde o início que vamos entrar em todos os jogos para vencer e a minha coerência tem de corresponder às minhas decisões. É o início de um ciclo, num outro ciclo muito exigente, no qual nós temos o objetivo de, jogo a jogo, superar os obstáculos que temos pelo caminho», disse.

Antes da pausa, o Sp. Braga fez sete jogos em 23 dias e «a resposta foi fantástica, num ciclo de jogos exigente». «Perante este ciclo, perder apenas no [atual] primeiro classificado do campeonato inglês [Leicester] e ganhar todos os outros jogos foi fantástico. Oxalá possa acontecer neste novo ciclo, que vai ser ainda mais difícil, que nós possamos ganhar a maior parte dos jogos. Por isso é que digo sempre: não olhar para o destino, mas para o caminho. O caminho é sempre o próximo jogo», reforçou.

O técnico frisou ainda a importância da pausa no campeonato por causa dos compromissos das seleções, que permitiu, por exemplo, a recuperação total de Ricardo Horta. «Para nós foi excelente. Há sempre uma ou outra mazela e foi importante para recuperar energias e voltar no máximo da nossa força para atacar este ciclo exigente. Foi importante para recuperar um ou outro jogador, como o Ricardo Horta, que está completamente restabelecido. Ele é um jogador muito importante na nossa dinâmica. Dentro da disponibilidade dos jogadores, vamos estar no máximo da nossa capacidade», revelou.

Francisco Moura lesionou-se com gravidade num treino, na passada quarta-feira, tendo sofrido uma rutura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, e vai parar cerca de seis meses, perdendo, previsivelmente, o resto da temporada.

«Parte-me o coração, principalmente por ele, um jovem de 21 anos. Estava a fazer um início de campeonato muitíssimo bom, vinha de dois golos com o Benfica, falava-se na imprensa na possibilidade de estar no radar do Barcelona e, de repente, num segundo, tudo se transforma», lamentou.

Carlos Carvalhal realçou que o lateral/extremo esquerdo «é um jovem», «vai superar esta dificuldade e aparecer mais forte» e que a equipa tem de «seguir em frente».

«Já jogámos neste ciclo exigente sem jogadores importantes como o Ricardo Horta, o Fransérgio e o David Carmo e o grupo respondeu com vitórias e com boas exibições. Isso é sinal de que não dependemos só de um jogador e temos um grupo muito forte, que vai superar a ausência do Moura, por isso é que lamento por ele, porque gostaria que estivesse cá», comentou.

David Carmo e Fransérgio, castigados, estão também fora do jogo da Taça de Portugal.